Governo Dilma chega ao fundo do poço e dá calote de US$ 100 mil em locação de limusines nos EUA

dilma_rousseff_505Passando o chapéu – Enfrentando uma crise múltipla e sem precedentes na história nacional, o governo de Dilma Rousseff não se contenta com os fiascos protagonizados em território brasileiro, por isso arruma confusões além das nossas fronteiras.

O empresário brasileiro Eduardo Marciano, dono de uma empresa de limusines com sede na cidade de San Francisco, reivindica o pagamento de US$ 100 mil referentes a serviços de transporte realizados à comitiva da presidente Dilma Rousseff durante viagem à cidade localizada na Califórnia, no início de julho.

De acordo com o empresário, 25 veículos, entre eles um caminhão, vans e diversas limusines, foram locados ao governo brasileiro. “É um absurdo essa história. É uma situação humilhante ter que falar para todo mundo para poder receber”, disse ele por telefone à BBC Brasil.

Marciano tornou a queixa pública em mensagem no Facebook publicada na última quinta-feira (13). Até esta segunda-feira (17), o post havia sido compartilhado cerca de 14 mil vezes. “Publiquei porque não sei mais o que fazer. Jamais imaginei a repercussão”, desabafou.

Nesta segunda, a assessoria de imprensa do Itamaraty confirmou que o pagamento não havia sido realizado, porém garantiu que estão sendo tomadas “todas as providências para que ele seja feito o mais rápido possível”. O Itamaraty não soube informar os motivos da demora no pagamento e nem se outras contas relativas à viagem ainda precisam ser pagas.

Marciano declarou que tentou obter o pagamento do consulado brasileiro em San Francisco por diversas vezes. “Eles alegaram que o governo fez mais viagens do que tinha sido planejado e que o Itamaraty está esperando mais verbas para conseguir o pagamento”.

O empresário ainda disse que entrou em contato com o Itamaraty em várias ocasiões, mas que “um passa para outro, que passa para outro, a ligação fica em espera e aí já não tem mais como falar”. “Estamos de mãos atadas”, afirmou.

De acordo com o brasileiro, cerca de 30 pessoas participaram do serviço, prestado entre 16 de junho e 2 de julho, sendo que o mesmo deveria ter sido pago logo após ter sido realizado. Agora, diz enfrentar “muitas dificuldades” para pagar seus funcionários.

Este é mais um caso de compromissos do Brasil que têm sofrido atrasos em pagamentos decorrentes da diminuição do orçamento do Itamaraty e dos cortes do ajuste fiscal do governo federal.

Nos últimos meses, a imprensa brasileira informou que o País deixou de pagar suas contribuições à Organização dos Estados Americanos (OEA), Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Tribunal Penal Internacional, além de outras dívidas com a Organização das Nações Unidas (ONU).

Apesar dos seguidos escândalos que sacodem o Palácio do Planalto, que agora é invadido pela vergonha decorrente de um calote internacional da ordem de US$ 100 mil, a presidente Dilma insiste em afirmar que a crise pela qual passa o País é apenas um momento de “travessia”. Possivelmente para chegar à beira do abismo. (Danielle Cabral Távora com Ucho Haddad)

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