Mercado prevê piora da economia, inclusive em 2016, e reforça crise que chacoalha o Planalto

crise_economica_12Hora da verdade – Com o avanço do tempo e o surgimento de novas projeções, o cenário econômico joga ao rés do chão as insanas e populistas afirmações que emanam do Palácio do Planalto acerca da crise que chacoalha o País. Se até recentemente os analistas do mercado financeiro apostavam em ligeira recuperação do Produto Interno Bruto de 2016, agora a situação reverteu e a expectativa é de retração da economia nacional. É o que revela o Boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira (17) pelo Banco Central, que semanalmente ouve os economistas das principais instituições financeiras em atividade no País.

De acordo com os especialistas do mercado, em 2015 o PIB deverá registrar recuo de 2,01%, contra 1,97% da previsão anterior, mas há quem já trabalha com a projeção de encolhimento da economia na casa de 3%. Para o próximo ano, que na previsão anterior era de estabilidade, ou seja, estagnação, a previsão atual é de retração de 0,15%. Sempre lembrando que para o final de 2016 ainda falta dezesseis meses e meio, o que significa que o cenário pode piorar sobremaneira. No caso de a expectativa se confirmar, será a primeira vez, desde 1930, que o Brasil tem dois anos seguidos de recuo da economia.

Os economistas também reajustaram a previsão de inflação em 2016, para 5,44%, contra 5,43% da projeção da semana anterior. Contudo, repetiram a previsão de 9,32% para o IPCA de 2015, após dezessete semanas seguidas de aumento. Com esse quadro, a aposta para a taxa básica de juro, a Selic, para o corrente ano permaneceu em 14,25%, índice que inviabiliza qualquer perspectiva de recuperação da economia, contrariando os discursos palacianos.

A projeção para a cotação do dólar, ao final deste ano, subiu pela quarta vez seguida, ao passar de R$ 3,40 para R$ 3,48. Para o fim de 2016, na terceira alta consecutiva, a projeção passou de R$ 3,50 para R$ 3,60. Ou seja, o governo terá de buscar alguma solução mágica para conter a alta da inflação, pois com a cotação projetada da moeda norte-americana a situação será ainda mais complexa nessa descontrolada terra de Macunaíma.

Apesar das expectativas desanimadoras do mercado financeiro, a presidente Dilma Vana Rousseff, que afunda em grave e múltipla crise, insiste em afirmar que em breve o Brasil retomará o crescimento econômico e que a fase atual é de “travessia”. Que Dilma tenta evitar o pior – a sua saída antecipada do governo – todos sabem, mas não se pode concordar com essas estapafúrdias afirmações da presidente da República, quando o cenário econômico aponta na direção contrária.

De tal modo fica claro que pressionar Dilma é a melhor solução para o Brasil se ver livre de um governo corrupto, perdulário, incompetente e paralisado.

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