Inferno astral – O outrora “casal 20” Gleisi Helena Hoffmann e Paulo Bernardo da Silva ficou ainda mais cercado na Operação Lava-Jato, principalmente depois da deflagração da Operação Pixuleco II. O ex-vereador Alexandre Romano, do PT, operador dos contratos entre a Consist e o Ministério do Planejamento em um esquema criminoso de empréstimos consignados, afirmou que o advogado de Gleisi e Paulo Bernardo, Guilherme Gonçalves receberam R$ 7,2 milhões do esquema, a título de honorários, sem ter prestado qualquer serviço.
Por outro lado, o portal “Campo Grande News” revela que a empresa Consist Software teve contratos por mais de 10 anos com o Governo do Estado de Mato Grosso do Sul. O contrato da Consist com o governo sul-mato-grossense começou quando Paulo Bernardo era secretário do governador Zeca do PT, em 1999. A empresa é investigada por desviar R$ 52 milhões em contratos firmados com o Ministério do Planejamento.
A Consist teria ligações com o ex-ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, e com a senadora pelo Paraná, Gleisi Hofmann (PT). A empresa teria realizado pagamento sem justificativa aparente ao advogado Guilherme Gonçalves, de acordo com a Polícia Federal. A Consist passou a prestar serviços ao governo federal depois que Paulo Bernardo foi nomeado ministro do Planejamento, em 2005.
O “Campo Grande News” apurou que a empresa firmou contrato com o Governo de Mato Grosso do Sul no início do primeiro Governo de Zeca do PT. Na época, Paulo Bernardo era secretário estadual de Fazenda, e Gleisi comandava a secretaria de Reestruturação Administrativa.
A Consist Software atua na área de sistema de gestão de crédito consignado, previdência e assistência técnica. A empresa também tinha contratos com a Petrobras e firmou contrato com o Ministério do Planejamento em 2010, quando Paulo Bernardo era o titular.
Conforme o Diário Oficial do Estado, o último contrato entre a Consist e o Governo do Mato Grosso do Sul foi firmado em agosto de 2007, no valor de R$ 3,7 milhões. Este contrato foi prorrogado por um ano em janeiro de 2010, conforme mostra o segundo termo aditivo publicado também no Diário Oficial do Estado.
Conforme a denúncia investigada pela Polícia Federal, a empresa abasteceu ilegalmente o caixa do PT, que era controlado pelo tesoureiro do partido, João Vaccari Neto, que está preso desde abril.