Mercado contraria as falsas profecias do governo e prevê recuo maior da economia em 2015 e 2016

crise_21Descendo a ladeira – Não bastasse a presidente Dilma Rousseff insistir na falácia de que em breve a economia brasileira retomará o caminho do crescimento, o discurso foi adotado por Luiz Inácio da Silva, o agora lobista de empreiteira, que em programa político do PT reconhece que a crise atual, mas diz que a mesma poderá ser debelada com o esforço de todos. Ou seja, os petistas arruinaram a economia nacional, mas querem dividir o ônus com o trabalhador.

Enquanto o discurso oficial avança na seara da mitomania, a economia deverá registrar recuo maior do que o esperado em 2015, assim como no próximo ano. De acordo com o Boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira (24) pelo Banco Central, os economistas da cem maiores instituições financeiras em atividade no País está pessimistas em relação ao desempenho do Produto Interno Bruto (PIB).

De acordo com os especialistas, o PIB deste ano deverá encolher 2,06%, contra 2,01% da previsão anterior. Trata-se da sexta queda seguida do PIB, o que mostra o descompasso da nossa economia. Confirmada a projeção feita pelos economistas, será o pior resultado em 25 anos, ou seja, desde 1990, quando foi registrada queda de 4,35% do PIB.

No tocante a 2016, os especialistas apostam em horizonte nebuloso, já que a previsão é de contração de 0,24% do PIB, contra 0,15% da projeção anterior. O cenário de deterioração é tamanho, que no começo deste ano a previsão era de crescimento econômico de 1,8% em 2016.

Em relação à inflação oficial, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), o mercado financeiro aposta 9,29%, contra 9,32% na semana anterior. Trata-se do primeiro recuo do IPCA após dezessete previsões seguidas de alta. Mesmo assim, confirmada a projeção, será o maior índice em doze anos, ou seja, desde 2003, quando o índice que mede a inflação oficial alcançou 9,30%.

A queda na previsão do IPCA não resulta da ação do Banco Central no combate ao mais temido fantasma da economia, mas da retração contínua da atividade econômica, além da deterioração do poder de compra dos salários. Com isso, o consumo vem diminuindo de forma sistemática, o que compromete a cadeia econômica como um todo.

No âmbito da taxa básica de juro, a Selic, elevada no final de julho pelo BC para 14,25% ao ano, a previsão do mercado é de estabilidade até o final deste ano, o que não configura uma melhora do cenário econômico. Isso porque para o consumidor final as taxas cobradas pelas instituições financeiras continuarão nas alturas, ao mesmo tempo em que a concessão de crédito há de ser manter mais difícil e restritiva. Em outro vértice da crise a situação também é ruim. A manutenção da Selic no patamar atual eleva a dívida pública, o que compromete a capacidade de investimento do Estado e afugenta possíveis investidores privados.

Apesar de todos os indicativos que apontam na direção de uma crise mais longa e preocupante, Dilma e seus asseclas não desistem de iludir a população incauta com promessas impossíveis de serem cumpridas. Em suma, se mentir fosse crime, Dilma e Lula há muito estariam presos.

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