Herpes labial: saiba o que é e quais os sintomas e tratamentos

herpes_labial_01Cuidado redobrado – O herpes labial é uma infecção viral e contagiosa nos lábios, na boca ou nas gengivas causada pelo vírus do herpes simples. A doença é caracterizada principalmente pelo surgimento de bolhas pequenas e doloridas.

O herpes labial é causado pelo vírus do herpes simples do tipo 1 (HSV-1) na maioria dos casos, mas o vírus do herpes simples tipo 2 (HSV-2) que é o principal causador do herpes genital, também pode provocar herpes labial.

A infecção inicial pode não causar sintomas ou surgimento de bolhas na boca, porém a característica principal do vírus é permanecer em estado latente no tecido nervoso do rosto por tempo variado.

A maior parte da população apresenta anticorpos contra o vírus e dificilmente apresentam sintomas clínicos. Em algumas pessoas, o vírus volta à ativa e produz feridas recorrentes que aparecem geralmente no mesmo local.

Os vírus do herpes são contagiosos. A disseminação pode ocorrer por meio de contato íntimo ou por meio do compartilhamento de objetos, como lâminas, toalhas, louças e outros itens que estejam infectados, desde que a pessoa seja suscetível ou tenha predisposição à doença. Ocasionalmente, durante o ato sexual, o contato oral-genital pode espalhar o herpes para os órgãos genitais, e vice-versa.

Manter contato íntimo e compartilhar objetos com uma pessoa que tenha herpes labial é o principal fator de risco para a doença, já que ela é altamente contagiosa e geralmente não manifesta sinais de ocorrência no início da infecção.

O principal sintoma do herpes labial é, também, sua principal característica: o surgimento de bolhas pequenas, avermelhadas e doloridas ao redor da boca.

O primeiro episódio pode ser leve ou grave e geralmente ocorre em crianças entre um e cinco anos de idade. Os primeiros sintomas aparecem nas primeiras duas semanas e duram até alguns dias após o contato com o vírus.

A dor de garganta e febre de até cinco dias podem ocorrer antes do aparecimento das bolhas, bem como alguns gânglios no pescoço. Sintomas como coceira, queimação, maior sensibilidade ou formigamento ao redor podem ocorrer cerca de dois dias antes do aparecimento das lesões, que costumam aparecer logo em seguida na gengiva, na boca, na garganta ou no rosto. A pessoa também poderá sentir dor para engolir.

Os episódios posteriores de herpes labial costumam ser mais brandos e os sintomas menos intensos. Exposição ao sol, menstruação, estresse e outros podem desencadear uma crise de herpes labial.

Uma erupção geralmente envolve:

• Lesões na pele ou erupções nos lábios, na boca e na gengiva

• Bolhas em uma área elevada, vermelha, dolorida

• Bolhas que se formam, se rompem e liberam fluido

• Crostas amarelas que se soltam para revelar uma pele rosa em cicatrização

• Várias bolhas pequenas que se unem para formar uma bolha maior.

Marque uma consulta com seu médico se você apresentar:

• Sintomas de herpes labial grave ou que não desapareçam após duas semanas

• Feridas perto dos olhos

• Sintomas do herpes e sistema imunológico enfraquecido (imunossupressão) devido a doenças ou determinados medicamentos.

Na consulta procure esclarecer todas as suas dúvidas e converse com seu médico sobre sintomas e outros detalhes. Ele também deverá lhe fazer algumas perguntas, como essas:

• Você teve contato próximo com uma pessoa com herpes labial?

• Você compartilhou itens com uma pessoa com herpes labial?

• Você manteve relações sexuais com uma pessoa com herpes labial ou genital?

• Você teve dor de garganta, febre ou apresentou feridas perto dos olhos?.

O médico pode colher amostras das erupções na boca do paciente e enviá-las para testes de laboratório. Alguns exames também podem mostrar o aumento de linfonodos no pescoço ou na virilha.

A cultura viral, o teste de DNA viral ou o teste de Tzanck da lesão na pele podem revelar se a pessoa está com o vírus do herpes simples no organismo ou não.
Porém, na maioria das vezes o diagnóstico é clínico e de reconhecimento fácil.

Se não exigirem tratamento, os sintomas geralmente desaparecem entre uma e duas semanas. Medicamentos antivirais tomados por via oral podem ajudar os sintomas a desaparecerem mais rapidamente e aliviar a dor.

As feridas de herpes costumam reaparecer. Os medicamentos antivirais funcionam melhor se forem tomados quando o vírus estiver começando a voltar, ou seja, antes do aparecimento das feridas. Se o vírus voltar com frequência, o médico poderá recomendar ainda que você tome os medicamentos constantemente.

Pomadas antivirais tópicas podem ser usadas, mas devem ser aplicadas a cada duas horas. Elas são caras e podem reduzir o tempo da erupção entre algumas horas a até um dia, em casos leves de herpes.

Faça compressas com loções antissépticas não agressivas se necessário, tendo o cuidado de não retirar as crostas pois pode haver sangramento e retardar a cicatrização.

As dicas para evitar futuras erupções incluem aplicar filtro solar ou protetor labial com óxido de zinco quando estiver em áreas abertas. Um hidratante labial para evitar que os lábios fiquem muito secos também pode ser útil.

Se não for tratada, o herpes labial pode levar a problemas como:

• Recorrência do herpes labial

• Disseminação do herpes para outras áreas da pele como os olhos

• Infecções bacterianas secundárias na pele

• Infecção generalizada, deve ser rapidamente diagnosticada pelo médico morte em indivíduos com imunossupressão, incluindo indivíduos com dermatite atópica, câncer ou infectados pelo HIV

• Cegueira.

Evite contato direto com feridas de herpes. Minimize o risco de disseminação indireta lavando bem itens, como toalhas e talheres, antes de reutilizá-los. De preferência, não compartilhe itens com uma pessoa infectada, principalmente quando ela tiver lesões de herpes. Evite desencadeadores (principalmente exposição ao sol) se tiver tendência ao herpes labial.

Evite fazer sexo oral quando estiver com lesões de herpes na boca ou perto da boca e evite receber sexo oral de alguém que tenha lesões de herpes genital ou oral. Os preservativos podem ajudar a reduzir, mas não eliminar totalmente, o risco de pegar herpes no sexo genital ou oral com uma pessoa infectada.

É importante ressaltar que os vírus do herpes oral ou genital podem às vezes ser transmitidos mesmo quando a pessoa não apresenta lesões ativas. (Danielle Cabral Távora)

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