Crise que chacoalha o governo petista de Dilma Rousseff piora com a postura retaliatória do PMDB

(EFE)
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Calvário vermelho – Piora a cada dia a relação entre o governo petista de Dilma Vana Rousseff e o PMDB, partido do vice-presidente da República, Michel Temer, que deixou o varejo da articulação política do Palácio do Planalto e comanda o desembarque do partido da chamada base aliada.

Com o cenário político caminhando na direção do impasse, Dilma apressou-se em procurar o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que há muito trava uma queda de braços com a chefe do Executivo federal, que agora recorre ao inimigo para não naufragar politicamente. O afastamento do PMDB em relação ao governo ficou evidente com o posicionamento da legenda contra a volta da CPMF, o malfadado “imposto do cheque”.

A situação tornou-se mais delicada depois da veiculação do programa do PMDB na televisão, em que o partido defende a tese de que o Brasil precisa de urgente renovação, desejo maiúsculo da extensa maioria da população. Diante dessa mensagem, os palacianos avaliaram que trata-se de um discurso oposicionista, o que não combina com a condição do PMDB de partido que integra o governo.

A estratégia do PMDB, há muito anunciada pelo UCHO.INFO, é fazer Dilma Rousseff sangrar politicamente até o momento sua permanência no cargo torne-se insustentável e a legislação permita a Temer assumir o poder. Essa manobra começou a ser sentida pelos assessores presidenciais com a ausência de Michel Temer na mais recente reunião política do governo, que acontece todas as segundas-feiras no Palácio do Planalto.

Esse novo quadro da situação política mostra de forma inequívoca que Dilma afunda na crise e está cada vez mais refém do PMDB, que após a “fritura” imposta a Michel Temer pela presidente. O ex-ministro Antônio Delfim Netto confidenciou a um amigo que a presidente da República errou ao desprestigiar Temer, que me sua opinião era a derradeira opção do governo para não implodir.

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