Retorno da CPMF, mesmo travestida, provocará uma batalha no Congresso, alerta Agripino

dinheiro_104Ringue político – Presidente nacional do Democratas, o senador José Agripino Maia (RN) criticou o governo da petista Dilma Rousseff por tentar aumentar impostos a qualquer custo, inclusive trabalhando nos bastidores para recriar a CPMF a reboque de nova nomenclatura para o malfadado tributo, popularmente conhecido como “imposto do cheque”.

“O que o governo quer mesmo é dobrar a CPMF porque, quando derrubamos sua renovação, uma semana depois o governo do PT já recompunha as perdas com aumento do IOF e da CSLL. Se querem agora duplicar a CPMF, vão nos encontrar mais uma vez pela frente”, garantiu o parlamentar pelo Rio Grande do Norte.

No último final de semana, Dilma descartou a volta da CPMF após a opinião pública e a classe política criticarem duramente a proposta, mas petista rompeu a quarta-feira (2) com o discurso desconexo de que não pode descartar qualquer fonte de arrecadação, em especial porque, por culpa sua, a economia brasileira afunda cada vez mais no pântano da crise. Sem saber como reverter o grave quadro que tira o sono dos brasileiros, a presidente da República perdeu o controle do País e não mais consegue comandar a política econômica de um governo corrupto, incompetente, perdulário e paralisado.

Em 2007, a oposição articulou e conseguiu derrubar a renovação da CPMF, o imposto do cheque. Pouco dias depois da derrota no Congresso, o governo do PT anunciou o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) e o corte de R$ 20 bilhões em despesas.

É importante salientar que naquele ano a relatora do projeto que derrubou a CPMF foi a senadora Kátia Abreu, à época no Democratas, portanto uma ácida e ferrenha crítica do governo do PT. Hoje, Kátia Abreu, filiada ao PMDB, está ministra da Agricultura e tornou-se “amiga íntima” (sic) da presidente Dilma.

Na quarta-feira, Dilma disse que enviará um adendo ao Congresso Nacional para modificar a proposta orçamentária de 2016, que explicitou déficit de R$ 30,5 bilhões. Após desistir de incluir na proposta orçamentária uma nova e travestida CPMF devido à má repercussão do projeto, o governo estuda nos bastidores uma forma de recriar esse tributo com novo formato. A estratégia é que um deputado ou senador governista apresente mais adiante um projeto de lei para ressuscitar a CPMF, mas associe alguma “bondade” ao novo tributo. O plano do governo é repartir o novo tributo entre União, estados e municípios.

A ideia primeira que surgiu no Parlamento, entre os que se ajoelham de forma vexatória diante de um governo bandoleiro, é instituir um imposto no formato da CPMF, mas que não penalize, por exemplo, que ganha até R$ 4 mil. A sugestão foi feita pelo deputado federal Henrique Fontana (PT-RS).

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