Eventual delação de André Vargas leva pânico a empresário e pode complicar gigante do software

andre_vargas_25Fazendo figa – Ex-vice-presidente da Câmara dos Deputados e preso em Curitiba na esteira da Operação Lava-Jato por crimes diversos, como corrupção, fraude a licitação e lavagem de dinheiro, o ex-petista André Vargas Ilário analisa a possibilidade de fazer acordo de delação premiada com os integrantes da força-tarefa que investiga o escândalo do Petrolão, Conhecido nas plagas paranaenses como “Bocão”, Vargas atuou fortemente nos bastidores para casar prejuízo ao Ministério da Saúde e à Caixa Econômica Federal, entre outros órgãos do governo.

Que André Vargas é alarife trapalhão todos sabem, não um eventual acordo de colaboração premiada provocaria um verdadeiro desastre, pois alguns dos crimes cometidos pelo ex-petista sequer foram investigados a fundo pela Polícia Federal e pelos procuradores da República. Além do esquema criminoso que envolveu a agência de propaganda Borghi/Lowe, que prestava serviços de publicidade ao Ministério da Saúde e à Caixa, Vargas também atuou como braço avançado da IT7, empresa de tecnologia da informação que de sua propriedade e tinha contratos com os dois órgãos.

O esquema criminoso envolvendo a IT7 poderá levar ao banco dos réus uma das maiores empresas de software do planeta. Isso porque a Justiça dos Estados Unidos por certo não aceitará, com base na lei Foreign Corrupt Practices Act (FCPA), os atos de corrupção que tiveram a IT7 como ponta de lança.

Para fornecer softwares para órgãos federais, os envolvidos no esquema pagaram e receberam polpudas propinas, assunto que vem tirando o sono de um empresário de Brasília que atende pelo nome de Alceu. Segundo apurou o site, o valor das propinas ultrapassou com folga a marca de R$ 10 milhões, em ambos os lados.

A força-tarefa da Lava-Jato tem informações rasas sobre a atuação da IT7 e poderá, em acordo de delação premiada, solicitar a Vargas que esclareça os fatos envolvendo a empresa e seus comparsas. Considerando que a PF não conhece as entranhas do referido esquema, o editor do UCHO.INFO poderá fornecer detalhes que ajudarão a elucidar mais um capítulo do Petrolão.

O sócio de André Vargas na IT7 ficou fora do Brasil durante meses, com medo de ser preso no âmbito da Operação Lava-Jato. De volta ao País, poderá a qualquer momento ser preso, ocasião em que terá a chance de revelar o que sabe.

Já o empresário Alceu continua amedrontado, a ponto de pouco sair na capital dos brasileiros, contrariando comportamento de meses atrás. Afinal, é rgande o medo de ser preso a qualquer momento pela PF. Sai de sua casa logo cedo em direção ao escritório, no elegante edifício comercial Brasil 21, e ao final do dia faz o caminho inverso. Vivendo quase enclausurado em um caro apartamento de cobertura no setor Noroeste de Brasília, o empresário tem na garagem do prédio uma verdadeira frota de carros de luxo, que exigirá da PF, em caso de prisão e busca e apreensão, a locação de um “caminhão cegonha”.

Na condição de um dos denunciantes do esquema de corrupção que culminou com a intrincada e longeva Operação Lava-Jato, o editor do site está pronto para colaborar com as autoridades brasileiras, pois a Casa Branca certamente gostará de saber como age no exterior uma das maiores empresas da terra do Tio Sam.

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