Fugindo da raia – Refém de uma crise político-institucional-econômica sem precedentes na história recente do País, a presidente Dilma Vana Rousseff, tomada por enorme covardia, decidiu não fazer o costumeiro pronunciamento em comemoração ao Dia da Independência, mais importante data da nação. Neste 7 de setembro, Dilma repetirá a postura adotada no Dia do Trabalho (1º de maio) e fará pronunciamento pela rede mundial de computadores. O pronunciamento está disponível nos sites oficiais e redes sociais da Presidência de República.
No Dia do Trabalho, a decisão da presidente de não fazer o pronunciamento em rede nacional foi tomada, no final de abril, durante reunião da coordenação política do mais corrupto e incompetente governo da história nacional. Na ocasião, o ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência, Edinho Silva, agora oficialmente investigado no Petrolão, negou que a decisão tivesse relação com as manifestações contrárias ao governo em pronunciamentos anteriores, os chamados e temidos panelaços.
À época, foi a primeira vez que Dilma não falou à população brasileira por meio de cadeia nacional de rádio e televisão no Dia do Trabalho, desde que chegou ao poder central. Considerando que o partido da presidente é supostamente dos trabalhadores, a decisão foi o que muitos chamam de “tiro no pé”.
Edinho Silva destacou que o uso das plataformas online seria uma tendência, desculpa esfarrapada para uma governante que perdeu todas as condições de estar no comando do País, até porque o caos na economia e os escândalos de corrupção tiram do governo um ingrediente essencial, que é a ética.
“O que a presidenta tem feito, e fez no dia 1º de maio, foi priorizar a comunicação por meio das redes sociais, valorizando um modal de comunicação. Isso não significa que os demais não serão utilizados”, disse Edinho Silva na ocasião.
No vídeo divulgado no Dia do Trabalho, a chefe do Executivo destacou medidas do seu governo para valorizar o salário mínimo. Dilma também citou o envio ao Congresso Nacional de proposta para correção da tabela do Imposto de Renda, mas mesmo assim continuou a afundar em uma crise que parece não ter fim. Aliás, a múltipla crise que chacoalha o País só terá solução no momento em que Dilma deixar o poder, seja por renúncia ou no rastro de impeachment.