“Ajuste fiscal tem que vir acompanhado de reformas estruturais”, afirma José Agripino

dinheiro_108Remendo palaciano – Em entrevista concedida nesta quarta-feira (16) à rádio CBN, o presidente nacional do Democratas, senador José Agripino Maia (RN), criticou a iniciativa do governo de Dilma Rousseff de propor aumento da carga tributária como proposta primeira para o ajuste fiscal. O senador potiguar anunciou que será uma posição da Executiva do partido ser contrário ao aumento de impostos. A matéria passará pelo crivo do Congresso Nacional, com poucas chances de aprovação, já que é crítica relação do governo petista com os parlamentares.

“Até a base do governo entende como uma tarefa dificílima de se conseguir e da oposição que vai se colocar claramente contra. Nós, lá atrás, fomos os maiores responsáveis pela derrubada da tentativa de prorrogação da CPMF. E como presidente do partido vou fechar questão na Executiva como uma questão partidária, seremos contra aumento de tributos. A hora da CPMF já passou”, ressaltou Agripino.

De acordo com o presidente do DEM, o que está em discussão não é ajuste fiscal, mas o custo da reeleição da presidente Dilma Rousseff. Além disso, o senador afirmou que está claro para a população que estamos pagando o custo de uma enganação. “Ajuste fiscal tem que vir acompanhado de reformas estruturais, como a Inglaterra está fazendo, sem aumentar impostos e com reformas estruturais na previdência, no sistema de cobrança de impostos, equilibrando o país e retomando o crescimento. O que estamos discutindo é o custo da vitória da presidente”.

Na opinião de José Agripino, o País só superará a grave crise atual a partir da retomada da confiança no comando do Poder Executivo, lembrando que não está nas mãos do Congresso o papel de ‘salvador’.

“O Congresso Nacional não tem a tarefa de salvar, tem a tarefa de analisar propostas e de votar aquilo que for mais conveniente. A situação econômica do país vai contar com a colaboração Congresso, mas na medida que você tenha a confiabilidade no comando do Poder Executivo”, destacou.

“É preciso que haja um governo com credibilidade perante o país e perante o Congresso e com propostas de mudanças estruturais. Não é fazer espasmodicamente o aumento de impostos como o caso da CPMF. Você aumenta, mas não resolve o problema. O Brasil precisa de mudanças estruturais”, concluiu Agripino.

É importante destacar que o corte extra nos gastos do governo, anunciado pelos asseclas de Dilma Rousseff, é mais um factoide oficial, que serve como cortina de fumaça para a criação de novos impostos e a elevação de outros já existentes.

Esse quadro marcado pela mitomania palaciana é fácil de ser identificado, pois o governo não está disposto a reduzir gastos, uma vez que anunciou corte de despesas que sequer vinham acontecendo. Há uma enorme diferença entre cortar gastos e deixar de fazer uma despesa, porque uma situação reduz os gastos, ao passo que a outra evite que os mesmos aumentem. Ou seja, de novo a opinião pública está sendo enganada pelo governo incompetente e bandoleiro da “companheira” Dilma.

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