Projeto que ressuscita a CPMF nasce derrotado e dificulta a permanência de Dilma no cargo

dinheiro_72Hora da verdade – Palacianos próximos à dissimulada e desconexa presidente Dilma Vana Rousseff dizem que se o Congresso Nacional aprovar a chamada “pauta-bomba”, o governo da petista chegará ao fim, muito antes do prazo previsto pela legislação eleitoral: 31 de dezembro de 2018.

Independentemente da tal “pauta-bomba”, que mandaria o governo pelos ares, o mandato da petista Dilma está refém da viabilização do programa de ajuste fiscal, que há dias foi alvo de mais um pacote de maldades. Enquanto tenta provar à população que está cortando na própria carne, o que é mentira, o governo anuncia o aumento de impostos e a ressurreição da malfadada CPMF, que poderá encontrar sérias dificuldades no Congresso.

Presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) já sinalizou que o tema dificilmente entrará na pauta de votação deste ano, devendo ser analisado pelos parlamentares apenas em 2016. Mesmo assim, Cunha disse que é pequena a chance de a matéria ser aprovada, inclusive, na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), última etapa antes de a volta da CPMF chegar ao plenário da Casa.

A resistência que o projeto de retorno da CPMF enfrentará no Parlamento é tamanha, que o governo do PT pode acabar nos primeiros meses do próximo ano, caso o Palácio do Planalto não consiga reequilibrar o Orçamento de 2016, que prevê déficit de R$ 30,5 bilhões. Dilma tenta dividir o ônus da incompetência do governo com deputados e senadores, que, por conta da experiência, não caíram na esparrela palaciana.

Considerando que nem mesmo boa parte do PT está disposta a votar pelo retorno do malfadado “imposto do cheque”, não causa espécie a postura de outros partidos da base aliada, como, por exemplo, o PMDB, que já se rebelou contra o impopular projeto do governo.

Vivendo momentos de estranheza explícita com Dilma Rousseff desde que foi arremessado em um processo de fritura política dentro do Palácio do Planalto, o vice Michel Temer, que está em Varsóvia em viagem oficial, disse que manterá sua posição contrária ao retorno da CPMF. EM encontro com empresários, em São Paulo, Temer afirmou ser contra a volta da contribuição sobre movimentações financeiras, medida que comprometeria ainda mais a combalida economia nacional.

Na última segunda-feira (14), Michel Temer conversou com a presidente da República sobre o assunto e disse compreender as razões e os argumentos do governo no âmbito do retorno da indesejada CPMF. Questionado por jornalistas, o vice foi direto: “Vocês conhecem a minha posição. Eu vou apenas ouvir um pouco o PMDB, ouvir a posição do Congresso e conversar com a presidente naturalmente”.

Se Temer de fato ouvir o PMDB a respeito do assunto, a presidente pode se preparar para deixar definitivamente o Palácio do Planalto, pois a situação do governo ficará insustentável com a perda de fontes de receita em momento tão delicado. A CPMF é sabidamente indesejada pela extensa maioria da população, mas não há como fugir de um esforço pontual para salvar o País. Contudo, a saída de Dilma Rousseff do poder é condição primeira para qualquer medida que busque tirar o Brasil do atoleiro econômico.

apoio_04