Ministro pede ao PT que “faça um combate à corrupção” e “varra a roubalheira que instalou no País”

gilmar_mendes_10Tiro ao alvo – Nesta sexta-feira (18), Gilmar Mendes – ministro do Supremo Tribunal Federal e vice-presidente do Tribunal Superior Eleitoral – sugeriu ao PT que “faça um combate à corrupção, varra a roubalheira que ele instalou no País”.

Ao ser indagado se tem medo do PT, que o ameaça processar por seu voto durante julgamento no STF, que por oito votos a três barrou as doações de empresas nas eleições, o ministro disse. “Seria bom que eles processassem todas essas estruturas que eles montaram”.

As declarações foram dadas após Mendes participar de uma mesa de debate do Grupo de Estudos Tributários da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). De acordo com o ministro, “na verdade o que se instalou no País nesses últimos anos está sendo revelado na Operação Lava Jato é um modelo de governança corrupta, algo que merece o nome claro de cleptocracia, isso que se instalou”.

“Isso está evidente, veja o que fizeram com a Petrobrás, veja o valor da Petrobrás hoje, por isso que se defende com tanta força as estatais. Não é por conta de dizer que as estatais pertencem ao povo brasileiro. Porque pertencem a eles. Eles tinham se tornado donos da Petrobrás. Esse era o método de governança”, declarou.

Na avaliação de Gilmar Mendes, “infelizmente, para eles, e felizmente para o Brasil, deu errado”. O ministro atribui ao PT a crise que abala o Brasil. “Estamos nesse caos por conta desse método de governança corrupta. Temos hoje como método de governança um modelo cleptocrata”.

Mendes citou o enriquecimento ilícito de petistas. Falou sobre a compra de obras de arte caríssimas, como descobriu a Lava Jato e fez uma comparação. “Veja, não roubam para o partido, não roubam só para o partido, é o que está se revelando, roubam para comprar quadros. Isso lembra o encerramento do regime alemão quando se descobriu que os quadros do partido tinham quadros, tinham dinheiro no exterior, é o que estamos vivendo aqui”. (Danielle Cabral Távora)

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