Supremo retira da Lava-Jato investigação sobre a arrogante e encalacrada Gleisi Hoffmann

gleisi_hoffmann_112Ação entre amigos – Começa a surgir a primeira grande e mal cheirosa pizza na seara da Operação Lava-Jato, que desmontou o maior esquema de corrupção da história moderna, o Petrolão, que não se restringiu à estatal petrolífera, mas alcançou outros segmentos da estrutura federal. Senadora pelo PT do Paraná, Gleisi Helena Hoffmann foi beneficiada nesta quarta-feira por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), onde tramitam as investigações e os processos dos investigados com direito a foro especial por prerrogativa de função.

Nesta quarta-feira (23), o STF decidiu pelo fatiamento das investigações da Lava-Jato, contrariando parecer do Ministério Público Federal, ao mesmo tempo em que esvazia os poderes do juiz federal Sérgio Fernando Moro, responsável na primeira instância do Judiciário pelas ações decorrentes da operação policial.

A decisão, que tem o DNA de uma missa encomendada, permite que casos conexos à Lava-Jato que não têm ligação com os desvios cometidos na estatal petrolífera saiam da tutela do ministro Teori Zavascki e do juiz Moro. De tal modo, investigações sobre irregularidades cometidas no setor elétrico, o chamado “Eletrolão”, podem deixar de ser analisados pela Justiça do Paraná e pela força-tarefa que apura o esquema de corrupção que desde março de 2014 não sai do noticiário nacional.

Sendo assim, por 8 votos a 2, o STF decidiu tirar o processo que investiga a ex-chefe da Casa Civil do governo Dilma, Gleisi Hoffmann, da relatoria do ministro Teori Zavascki. De igual modo, por 7 votos a 3, o caso não mais está nas mãos de Sérgio Moro. O inquérito em questão apura o envolvimento de operadores de desvio de dinheiro da Petrobras em fraudes no Ministério do Planejamento, a partir de ilícitos cometidos com empréstimos consignados. O esquema foi montado quando a pasta era comandada pelo petista Paulo Bernardo da Silva, marido de Gleisi. Como durante as investigações foram encontrados indícios contra a senadora paranaense, o caso acabou no Supremo.

Os ministros do STF decidiram encaminhar as provas contra Gleisi para a relatoria do ministro Dias Toffoli, conhecido por viscerais ligações com o PT, ao mesmo tempo em que determinaram o desmembramento do processo, ou seja, o envio da investigação dos demais envolvidos para a Justiça de São Paulo, onde aconteceu o crime.

Independentemente da bisonha decisão tomada pelo STF nesta quarta-feira, Gleisi Hoffmann continua sendo investigada pela Corte, já que foi denunciada pelos delatores Alberto Youssef e Paulo Roberto Costa de ter recebido, em 2010, R$ 1 milhão proveniente do Petrolão.

Presidente do Supremo, o ministro Ricardo Lewandowski, que há muito caiu em desgraça no universo da magistratura nacional, além de ser odiado pela parcela consciente da opinião pública, disse que a medida é saneadora. “Essa medida tem caráter profilático. É um despacho saneador. Não está se beneficiando quem quer que seja, a corte está afastando eventuais alegações de nulidade no futuro”, afirmou o ministro.

Os brasileiros de bem precisam abrir os olhos para esses rapapés que começam a surgir na esteira da Operação Lava-Jato, pois há nos bastidores do poder um movimento explícito do Palácio do Planalto e do PT para salvar alguns dos “companheiros” estrelados que afundam na lama da corrupção.

A manobra para favorecer Gleisi Hoffmann é escandalosa e deve ser rechaçada com veemência pela população. A grande esperança dos brasileiros que desejam ver na cadeia os envolvidos no Petrolão está no ex-petista André Vargas, preso e condenado na Lava-Jato, que a qualquer momento pode revelar o que sabe sobre o esquema de corrupção que foi instalado na Petrobras com a anuência explícita do governo do PT.

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