Lava-Jato: delação de Pedro Corrêa confirma denúncias feitas pelo UCHO.INFO ao longo de dez anos

pedro_correa_02Papel carbono – Condenado à prisão na Ação Penal 470 (Mensalão do PT) e preso na esteira da Operação Lava-Jato, o médico pernambucano Pedro da Silva Corrêa de Oliveira Andrade Neto, mais conhecido como Pedro Corrêa, confirma, em delação premiada, as muitas matérias do UCHO.INFO. Ao depor perante os integrantes da força-tarefa da Lava-Jato, Pedro Corrêa, um dos próceres do Partido Progressista, revelou que o então presidente Luiz Inácio da Silva, o agora lobista Lula, e a atual presidente Dilma Rousseff não apenas tinham conhecimento do “Petrolão”, mas se empenharam para que o maior escândalo de corrupção da história pudesse funcionar na Petrobras e em muitas estatais e ministérios.

Em agosto de 2005, quando o escândalo do Mensalão do PT ainda fervilhava nos meios políticos, o editor do UCHO.INFO afirmou que um novo esquema de corrupção já estava em funcionamento para garantir apoio ao então presidente da República, no caso Lula. À época, a denúncia deste site repercutiu rapidamente no Parlamento, sendo que ameaças de morte ao editor foram frequentes durante quase um ano. Isso porque o mentor do esquema, José Janene, que era líder do PP na Câmara dos Deputados, ficou irritado com as nossas revelações.

Mais tarde, em janeiro de 2009, o editor, juntamente com o empresário Hermes Freitas Magnus, levou ao Ministério Público Federal, em São Paulo, a denúncia que culminou na Operação Lava-Jato, ocasião em que detalhou o esquema de corrupção que foi implantado com a anuência explícita do Palácio do Planalto.

À época chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff sabia da existência da onda criminosa, mas nada fez para interromper o assalto aos cofres da Petrobras, ocorrido por meio de superfaturamento de contratos entre empreiteiras e a estatal. Para piorar, Dilma manteve o esquema ao longo do primeiro mandato, o que lhe garantiu certa tranquilidade no Congresso Nacional.

No momento em que a Lava-Jato, deflagrada em março de 2014, implodiu o esquema de corrupção, os palacianos iniciaram um movimento para blindar a presidente da República, a exemplo do que ocorreu com Lula na época do Mensalão do PT. A ideia inicial era deixar a investigação avançar livremente, como determina a legislação vigente, ao mesmo tempo em que a assessoria presidencial se incumbia de produzir material de propaganda que aos incautos “vendia” o Brasil como uma versão moderna e tropical do País de Alice, aquele das maravilhas.

O tempo passou e as investigações mostraram o que os leitores do UCHO.INFO há muito já sabiam: que Lula e Dilma foram coniventes com o Petrolão. No caso da atual presidente, a situação é ainda pior, pois ela foi presidente do Conselho de Administração da Petrobras, ao tempo em que chefiava a Casa Civil. Ou seja, como integrante do staff presidencial sabia da ação criminosa do governo, mas nada revelou à diretoria da Petrobras, empresa erguida com o suado dinheiro dos brasileiros e a quem pertence por direito indiscutível.

O cenário torna-se ainda pior com as novas revelações de Ricardo Pessôa, dono da UTC e preso na Lava-Jato, uma vez que em depoimento o empresário disse que presenteava Lula com cachaça, ternos e dinheiro. Isso porque o chamado “Clube do Bilhão”, cartel formado por grandes empreiteiras, precisava conquistas e manter novos contratos com a Petrobras.

Em relação à indicação de Paulo Roberto Costa à diretoria de Abastecimento da estatal, Pedro Corrêa de novo confirma denúncia do site. Costa chegou ao cargo no vácuo de pressão exercida pelo PP, apesar da recusa de pessoas próximas a Lula, como, por exemplo, José Eduardo Dutra, então presidente da Petrobras.

Não importa se os novos alvos das denúncias, no caso Lula e Dilma, receberam dinheiro desviado dos cofres da petrolífera, mas a missão diante de um fato grave e criminoso é suficiente para que ambos sejam processados com o rigor da lei. No Direito saxônico, adotado pelos Estados Unidos, Lula e Dilma já estariam presos e sendo processados pelo crime de conspiração contra o Estado, pois sabiam de uma irregularidade e mantiveram-se calados, quando o dever, imposto por lei, é denunciar o ilícito.

Voltando à triste realidade brasileira, criador e criatura, Lula e Dilma, deveriam ser processados por crime de lesa-pátria. A definição jurídica do crime de lesa-pátria não deixa dúvidas de que ambos já poderiam ser alcançados pela lei. Afinal, Lula e Dilma cometeram um atentado contra a pátria.

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