Mudança na CGU é retrocesso no combate à corrupção e deve ser barrada, diz deputado da oposição

corrupcao_20Truque oficial – Sem capacidade intelectual para perceber o óbvio, a presidente Dilma Rousseff pode anunciar, na quinta-feira (1), quando oficializar a reforma ministerial, mudanças na Controladoria-Geral da União (CGU), responsável pelo controle interno do Executivo federal. No momento em que a extensa maioria da população quer por parte do governo um combate implacável à corrupção, a decisão de Dilma é uma ode à insensibilidade.

O tema já causa indignação no meio político, em especial na oposição. Líder do PPS na Câmara dos Deputados, Rubens Bueno não poupou a presidente da República ao saber da novidade que caminha na contramão do bom senso administrativo.

“Qualquer tentativa de enfraquecer, fatiar ou tirar os poderes de apuração e prevenção da corrupção da Controladoria-Geral da União merece o nosso repúdio. Se uma proposta desta for enviada para o Congresso, certamente vamos trabalhar para derrubá-la”, declarou Bueno.

A possibilidade de alteração na estrutura do órgão de controle interno do Executivo foi confirmada à imprensa pelo atual ministro Valdir Simão e por dirigentes do sindicato de servidores do órgão. “A situação é tão absurda que a presidente vai à ONU e diz que o governo não tolera corrupção e na volta ao Brasil cogita desestruturar complemente o órgão responsáveis por apurar desvios em ministérios, estatais e em contratos da União com estados e municípios. Não vamos admitir esse retrocesso e por isso estamos solidários aos funcionários da CGU que se mobilizam contra a mudança”, disse o líder do PPS.

De acordo com informações repassadas ao sindicado da categoria, a ideia do governo do PT é dividir os setores do órgão entre outros ministérios. As atividades de controle interno do Executivo seriam incorporadas à Casa Civil, que deve passar para o comando do petista baiano Jaques Wagner, atualmente no Ministério da Defesa.

Já a Ouvidoria ficaria com o novo Ministério da Cidadania, enquanto a Corregedoria seria inserida no guarda-chuva do Ministério da Justiça. “É colocar a raposa para raposa para tomar conta do galinheiro”, criticou Rubens Bueno, lembrando que essas pastas devem ficar sob o comando do PT, partido que é o principal alvo da Operação Lava-Jato.

A corrupção tomou proporções estratosféricas com a chegada do PT ao poder central, por isso o partido pressiona a presidente Dilma Rousseff para que ocorram mudanças nos órgãos fiscalizadores do Executivo, como forma de poupar a “companheirada” que corre o sério risco de ser flagrada em mais casos de roubalheira explícita.

A corrupção desenfreada, que tomou conta da máquina federal por decisão de Lula e foi mantida por Dilma, funcionava como a cornucópia que permitiu ao PT colocar em marcha o projeto totalitarista de poder que, se bem sucedido, transformaria o Brasil em uma versão agigantada da Venezuela, onde a democracia existe apenas no dicionário.

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