Arrumando as malas – Advogado do governo da Itália, Giuseppe Albenzio comunicou nesta quinta-feira (1) à deputada ítalo-brasileira Renata Bueno que o Ministério da Justiça italiano autorizou a extradição de Henrique Pizzolato, ex-diretor do Banco do Brasil, condenado a 12 anos e 7 meses de prisão na Ação Penal 470 (Mensalão do PT), a partir do próximo dia 7 de outubro.
“O comunicado já foi assinado e será enviado ao Ministério de Relações Exteriores do Brasil. A partir do dia 7 de outubro as autoridades brasileiras terão um prazo de 20 dias para buscar Pizzolato e trazê-lo para o Brasil”, explicou a parlamentar.
Renata Bueno diz que a decisão encerra um processo que vem se estendo desde fevereiro de 2014, quando o condenado no Mensalão do PT foi preso na cidade de Maranello (a 322 km de Roma), no norte da Itália.
“Foram vários recursos até chegarmos a essa decisão final, que considero uma vitória de toda a sociedade brasileira que defendia que o mensaleiro cumprisse pena no Brasil. O governo italiano soube entender a situação e a gravidade do crime cometido por Pizzolato e decidiu com sabedoria”, avaliou a deputada, que acompanhou todo o andamento do caso e defendeu os interesses do Brasil junto às autoridades italianas.
A parlamentar explica que, mesmo tendo todos os recursos contra a extradição negados na Itália, a liberação de Pizzolato para a Justiça do Brasil ainda estava ameaçada pelo fato de o mensaleiro responder perante a Justiça italiana a outro processo por uso de documentos falsos para ingressar no país europeu.
“Felizmente o ministro (da Justiça) Andrea Orlando entendeu que isso não era motivo para impedir a extradição”, comemorou Renata Bueno, eleita na América do Sul para representar a comunidade italiana da região no Parlamento da Itália.
Pelas informações que lhe foram repassadas por autoridades italianas, Renata diz que a transferência de Pizzolato para o Brasil deve acontecer de imediato. “Todo o esquema já está pronto para trazê-lo ao Brasil no dia 7 mesmo”, adiantou a parlamentar.