Refém do PMDB, Dilma entrega Ciência e Tecnologia a Pansera, o “pau mandado” de Eduardo Cunha

claudio_pansera_01Fim de linha – Definitivamente a petista Dilma Rousseff não tem condições de continuar no comando do Brasil, país que afunda diuturnamente na lama da corrupção alimentada pelo PT, que de forma acertada foi comparado a uma organização criminosa. Refém do PMDB e marionete de luxo do seu criador, o lobista Lula (leia-se Odebrecht), Dilma viu-se obrigada a pedir a benção do ex-metalúrgico para concluir a reforma ministerial, que ficou aquém do anunciado.

Lula foi a Brasília para aparar as arestas da reforma e ajudar Dilma a aplacar a volúpia do PMDB por cargos. O anúncio da reforma, marcado para esta quinta-feira (1), deverá acontecer na sexta (2), com o PMDB passando a ocupar sete ministérios. A última pasta entregue ao PMDB é a de Ciência e Tecnologia, que dias antes foi oferecida ao PSB, partido que Dilma gostaria de ver de volta à base aliada. Como a legenda recusou a oferta, o ministério acabou contemplando a bancada peemedebista da Câmara dos Deputados.

O novo ministro de Ciência e Tecnologia será Cláudio Pansera (PMDB-RJ), indicado pelo líder do partido na Casa, Leonardo Picciani (RJ), mas aliado de primeira hora do presidente Eduardo Cunha, que está sendo devorado pelos escândalos de corrupção que pululam na órbita da Operação Lava-Jato.

Na manhã desta quinta-feira, a presidente reuniu-se com o vice Michel Temer, a quem revelou sua insatisfação com a indicação de Pansera e disse que queria no cargo alguém com maior peso político, como forma de auxiliar o governo nas intricadas votações no Congresso Nacional. A preocupação de Dilma repousa sobre a aprovação do pacote de ajuste fiscal e na necessidade de barrar eventual processo de impeachment contra ela própria.

O simples fato de Dilma ter trocado o poder pelo cargo é motivo suficiente para a parcela de bem da população exigir sua imediata renúncia, pois não há condição de o Brasil ser comandado por Lula e pelos próceres (sic) do PMDB. Antes de contemplar o PMDB com sete ministérios, a presidente entregou a Lula o núcleo duro do governo. Afinal, no Palácio do Planalto estarão mandando e desmandando ninguém menos que Jaques Wagner (Casa Civil), Ricardo Berzoini (Relações Institucionais) e Edinho Silva (Comunicação Social da Presidência). Todos visceralmente ligados a Lula.

Como se não bastasse, Dilma entregou o Ministério de Ciência e Tecnologia a um “pau mandado” de Eduardo Cunha. Para quem não se recorda, em um dos muitos depoimentos que prestou à força-tarefa da Lava-Jato, à sombra de acordo de delação premiada, o doleiro Alberto Youssef afirmou que Cláudio Pansera era um “pau mandado” do presidente da Câmara dos Deputados. No dia 16 de julho, Youssef disse ao juiz Sérgio Fernando Moro, responsável na primeira instância do Judiciário pelos processos decorrentes da Lava-Jato, que seus familiares estavam sendo ameaçados por um integrante da CPI da Petrobras.

Coincidência ou não, a advogada Beatriz Catta Preta, que defendia alguns dos acusados na Lava-Jato, não apenas deixou a defesa dos clientes (Julio Camargo, Pedro Barusco e Augusto de Mendonça), que tinha como foco acordos de delação premiada, como desistiu da profissão.

A advogada deixou de atuar na Lava-Jato duas semanas após o lobista Julio Camargo mudar sua versão e afirmar ter pago US$ 5 milhões em propina para Cunha, que nega ter recebido o montante. Desde então, Beatriz Catta Preta passou a sofrer pressão de aliados de Cunha, sendo que Celso Pansera apresentou à CPI da Petrobras dois requerimentos relativos à advogada.

Catta Preta não revelou os verdadeiros motivos que a levaram a deixar a carreira no Brasil – ela se mudou para Miami -, mas o UCHO.INFO descobriu nos bastidores do Petrolão as razões que obrigaram a advogada a “jogar a toalha”. O jogo, se é que assim pode ser chamada a intimidação, foi bruto, covarde e avançou nas raias da criminalidade.

Em relação ao futuro ministro de Ciência e Tecnologia, não há condições de afirmar que Pansera é de fato o “pau mandado” de Eduardo Cunha, mas o que se espera de um governo é que em casos de nomeações para cargos relevantes seja respeitado o dito popular acerca da mulher de César, que além de honesta deveria parecer como tal. Mas falar em honestidade no governo do PT é como vender vento em dia de furacão ou gelo para esquimó.

apoio_04