Retrato do caos – O bordão fanfarrista “nunca antes na história deste país”, criado pelo alarife Lula para desdenhar a obra do antecessor (FHC), cai como fina luva de pelica sobre a crise econômica que derrete o País em todos os seus quadrantes. Em meados de 2005, quando o escândalo do Mensalão do PT abalava as estruturas do Palácio do Planalto, o UCHO.INFO alertou o governo para o perigo que à época representavam os passos iniciais de um processo de desindustrialização.
Na sequência, a bordo de sua verborragia insana e recheada de metáforas, Lula, o agora bem sucedido lobista de empreiteira, classificou a predatória China como economia de mercado. Não bastasse a incompetência da massacrante maioria da “companheirada”, a política externa dos governos petistas focou, nos últimos doze anos, apenas as questões ideológicas, deixando de lado os interesses comerciais do País, o que levou o Brasil a assistir o acirramento da crise. Fora isso, o conjunto de erros cometidos por Dilma Rousseff na condução da política econômica, ao longo do primeiro mandato, foi a pá de cal que faltava para sepultar a esperança de um povo espoliado em seus direitos mais básicos.
O reflexo desse cipoal de desacertos, que trazem a chancela estelar do PT, surgiu tenebroso mais uma vez nesta sexta-feira (2). De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a produção industrial caiu 1,2% em agosto, na comparação com o mês anterior. Em relação a agosto de 2014, a produção caiu 9%, maior queda para o mês desde o início da série histórica, em 2003. Para piorar o que já é ruim, trata-se da 18ª taxa negativa consecutiva.
O recuo de 1,2% na produção em agosto, na comparação com julho, foi o mais severo para o mês desde 2011, quando foi registrado recuo de 2,1% na atividade fabril. No ano, a produção da indústria acumula, até agosto, queda de 6,9%. No acumulado de doze meses, o recuo é de 5,7%.
Segundo André Macedo, gerente da Coordenação de Indústria do IBGE, a indústria brasileira afasta-se cada vez mais do pico histórico de produção, registrado em junho de 2013. Em agosto deste ano, a atividade industrial ficou 15% abaixo de seu ponto máximo. Em julho, a distância da em relação ao pico histórico era de 14,1%.
“Em termos de patamar, é como se a produção estivesse operando em maio de 2009”, notou Macedo. O gerente lembrou que, à sombra da crise global, a produção industrial recuou 7,1% naquele ano.
O recuo de 1,2% na produção industrial em agosto fez eco em 14 dos 24 setores pesquisados. O principal impacto negativo veio do segmento automobilístico, cuja produção recuou 9,4% no período. Em julho, na comparação com junho, o setor, após sequência de nove quedas, teve crescimento de 1,9%, mas o suspiro de ascensão não se repetiu no mês seguinte.
Também registraram quedas consideráveis na atividade, na passagem de julho para agosto, os setores de produtos derivados de petróleo e biocombustíveis (-1,6%), produtos de metal (-3,0%), metalurgia (-1,3%), calçados e couro (-3,6%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-2,5%) e outros equipamentos de transporte (-3,4%).
Na seara positiva, a influência mais preponderante surgiu no segmento de produtos alimentícios, atividade que registrou avanço de 2,4% em agosto, na comparação com julho (após queda de 5,4% em julho ante junho). Em outro vértice da produção fabril, com números positivos, surgiu o segmento de bebidas, que avançou 4,3%, após queda de 6,1% na mesma base de comparação. A indústria extrativa teve alta de 0,6% em agosto, em relação a julho.
Os números da indústria divulgados pelo IBGE precederam o discurso da presidente Dilma Rousseff durante anúncio da reforma ministerial. Como sempre ufanista, além de sua conhecida incompetência, a presidente da República voltou a afirmar que a crise é reflexos de problemas conjunturais, não estruturais, o que não é verdade. Fosse pouco, a petista reforçou a fala insana de que a crise atual é um momento de travessia.
Na realidade, a crise que enfrentam os brasileiros é fruto de mais de uma década de irresponsabilidade administrativa, cenário que foi embalado pelo banditismo político do PT e seus aliados, que fizeram da corrupção a razão de existir.
Quando, em dezembro de 2008, este site afirmou que eram absurdas as medidas adotadas pelo governo central para enfrentar os efeitos da crise global, oriunda do subprime norte-americano, os palacianos se limitaram a dizer que torcíamos contra o Brasil. É importante ressaltar, mais uma vez, que não se enfrenta crises econômicas com consumismo desenfreado e crédito fácil sem a devida geração de riqueza. A fórmula adotada pelo governo do PT serviu para mascarar a realidade, que agora mostra-se macabra e voraz. Mesmo assim, apesar dos estragos que surgem diuturnamente no campo da economia, esses bandoleiros com mandato querem continuar no poder. Enfim…