Cartolas do SPFC trocam socos e Ataíde Gil Guerreiro deixa a vice-presidência de futebol do clube

carlos_miguelaidar_03Reis do ringue – É cada vez pior o clima nos bastidores do São Paulo Futebol Clube. Não bastasse o suspense que paira sobre a permanência do técnico Juan Carlos Osorio, que está a um passo de acertar com a seleção do México, os cartolas tricolores se desentenderam e chegaram às vias de fato.

Presidente do onze do Morumbi, Carlos Miguel Aidar (à direita na foto) discutiu com o vice Ataíde Gil Guerreiro em um hotel da zona sul paulistana, e o bate-boca migrou para a troca de agressões físicas. A briga, ocorrida na segunda-feira (5), foi apartada pelos seguranças do hotel Radisson, onde estavam os cartolas.

Aidar, procurado pelo jornal “Folha de S. Paulo”, negou a troca de sopapos. “Não houve nada físico, só uma discussão mais quente envolvendo treinador, nada além”, alegou o presidente do SPFC. O vice Ataíde, demitido por Aidar, não foi encontrado para dar a sua versão sobre os fatos.

A gerência do hotel Radisson confirmou que um segurança teve de interceder para que interromper briga entre os dirigentes são-paulinos.

“Houve de fato uma discussão acalorada, entre pessoas que participavam de uma reunião, mas que não eram hóspedes. Eles trocaram alguns gritos, mas não chegaram às vias de fato. Um segurança teve que interferir e separou dois homens. Um deles foi embora logo em seguida”, afirmou o gerente do hotel, que não confirmou se os envolvidos eram dirigentes do SPFC.

Carlos Miguel Aidar e Ataíde Gil Guerreiro, vice de futebol, estavam no comando do São Paulo desde 2014, mas o episódio interrompeu a parceria.

Aidar e Ataíde conversavam, na segunda-feira, durante reunião semanal da diretoria do SPFC, que naquele dia tinha como pauta principal a eventual saída de Osorio. O treinador colombiano, como mencionado acima, tem proposta para assumir a seleção do México e, quatro meses após chegar ao Morumbi, deve deixar o comando da comissão técnica.

O desentendimento com Ataíde Gil Guerreiro não é o primeiro de Aidar ao logo de sua gestão. Em 2014, o presidente do clube rompeu com o antecessor Juvenal Juvêncio, seu antigo aliado político nos domínios tricolores. A relação estremecida com Juvenal interferiu nos bastidores do clube e levou a uma cisão no Conselho Deliberativo. Nos últimos meses, Carlos Miguel Aidar vinha se empenhando para tentar recuperar o ambiente interno do clube na esteira de uma operação de conciliação. Para tanto, o cartola contava com a ajuda do empresário Abílio Diniz para acalmar os ânimos.

A relação entre ambos (Aidar e Ataíde) azedou de vez em setembro, por ocasião da demissão do diretor-executivo Alexandre Bourgeois, indicado ao cargo por Abílio. Na última reunião do Conselho, no final de setembro, o Abílio Diniz mudou o discurso trocou a proposta de conciliação por críticas à gestão de Aidar.

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