Pedaladas fiscais: Nardes sinaliza que prática ilegal continua sendo utilizada pelo governo Dilma

pedalada_fiscal_03Papel carbono – Antes e depois de o Tribunal de Contas da União (TCU) rejeitar as contas da presidente Dilma Rousseff relativas a 2014, palacianos afirmaram que houve politização do caso, o que não é verdade. O que ocorreu foi a análise da contabilidade de um governo corrupto e mitômano, que maquia as contas para enganar a parcela desavisada da população. Se politização existiu no caso em questão, esse processo surgiu dentro do Palácio do Planalto, que decidiu deflagrar uma operação suicida contra o TCU.

Ao contrário do que alegam os assessores presidenciais, a prática das “pedaladas fiscais” ultrapassou o calendário do ano passado e invadiu o de 2015, como revelou o ministro-relator Augusto Nardes, alvo da insana artilharia do governo, que na opinião de petistas transformou-se em “tiro no pé”.

Menos de 24 horas após a rejeição das contas de Dilma, o relator afirmou que uma análise em curso no TCU pode identificar a adoção de “pedaladas fiscais” neste ano, o que comprometeria ainda mais a situação da presidente e dos integrantes da equipe econômica.

Contudo, Nardes evitou falar sobre investigação que acontece no TCU, como forma de evitar a reação esdrúxula do governo. “Eu tive uma informação, mas não estou cuidando do caso”, justificou. De acordo com Augusto Nardes, o novo processo, relativo às contas de 2015, está sob a relatoria do ministro José Múcio Monteiro, que no passado foi responsável pela articulação política do governo Lula, mas que pode não salvar a presidente da República.

Na noite de quarta-feira (7), após o julgamento das contas de 2014, o ministro-relator [Nardes] não se manifestou sobre o cenário contábil deste ano. Questionado por jornalistas se as “pedaladas fiscais” ainda estariam em curso, Augusto Nardes passou a palavra para Leonardo Albernaz, da área técnica do TCU, que se limitou a dizer que as informações ainda estão sob análise.

“É prematuro dizer [que as pedaladas continuam ocorrendo]. Existem informações que precisam ser avaliadas. Essas informações estão chegando, os técnicos vão analisar e assim que a gente tiver esse tipo de informação fica mais fácil da gente falar com certeza. Ainda não dá para dizer isso”, acrescentou.

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