Dilma vestiu a carapuça do impeachment ao tentar barrar processo, diz líder do PPS

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Ao partir para o ataque desesperado contra a oposição e montar uma operação fisiológica para tentar barrar a abertura de processo que pode resultar no seu impedimento, a presidente Dilma Vana Rousseff (PT) vestiu de vez a carapuça do impeachment. A avaliação foi feita nesta quinta-feira (15) pelo líder do PPS na Câmara dos Deputados, Rubens Bueno (PR), para quem as declarações da petista também agridem a maioria da população brasileira.

“Dilma atacou a população brasileira ao dizer que a oposição é golpista e moralista. Se 90% dos brasileiros não aprovam o governo dela, então 90% dos brasileiros são moralistas e golpistas. A oposição é o povo brasileiro. Mais de 70% apoiam a saída de Dilma do governo. Com esse posicionamento, a presidente vestiu de uma vez por todas a carapuça do impeachment”, disse o líder do PPS.

O parlamentar paranaense criticou também as manobras que estão sendo colocadas em prática pelo governo para salvar Dilma. “As informações dão conta de que essa operação segue a linha do toma-lá-dá-cá com recuo no corte de três mil cargos comissionados. Além disso, está em andamento a operação para nomeações no segundo escalão do governo. Há negociação até com desafetos e o ex-presidente Lula foi convocado para comandar a operação abafa. E depois é a oposição que não tem moral”, provocou Rubens Bueno.

O líder do PPS também apontou Dilma como a principal responsável pela dilapidação da Petrobras pela corrupção investigada na operação Lava Jato. “Como ela pode falar em moralismo se presidiu o Conselho de Administração da Petrobras e a empresa foi destruída em seu governo. A estatal nunca deu prejuízo. Hoje deve meio trilhão de reais. É a mais endividada do mundo. Não consegue pagar e está vendendo seus ativos. Não tem nenhum sentido acreditar mais no que essa mulher fala. Mentiu durante a campanha, autorizou pedaladas, não pagou os bancos públicos e cometeu crime de responsabilidade”, criticou o parlamentar, ao lembrar que nos próximos dias a oposição e movimentos populares acompanharão a entrega de novo pedido de impeachment de Dilma, atualizado com as pedaladas de 2015. A peça será assinada pelos juristas Hélio Bicudo, Miguel Reale Júnior e pela advogada Janaína Paschoal.

No momento em que interrompe a reforma administrativa, anunciada como forma de adequar o governo mais corrupto da história brasileira ao pacote de ajuste fiscal, Dilma mostra que seu desespero diante da possibilidade do impeachment é igualmente proporcional ao apego ao cargo, que ela manteve quando concordou em entregar poder a Lula e ao PMDB, partido que transformou a chefe do Executivo federal em refém de uma política fisiológica e de escambo.

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