Prévia da inflação oficial tem maior índice para outubro desde 2002, mas Dilma diz que crise é conjuntural

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Quando o UCHO.INFO afirma que a presidente Dilma Vana Rousseff precisa ser apeada do cargo o quanto antes, o que só acontecerá de forma célere por meio de pressão popular, é porque a crise econômica não tem mais espaço para aguardar uma solução do impasse político que toma conta do País. A grave crise política que chacoalha o Palácio do Planalto interfere diária e diretamente na economia, fazendo com que índices revelem um cenário sem solução no curto prazo.

Medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), a prévia da inflação avançou de 0,39%, em setembro, para 0,66%, em outubro, maior taxa para o mês desde 2002, quando o IPCA-15 atingiu 0,90%.. A elevação dos preços da gasolina, do botijão de gás e das refeições fora de casa puxou a alta da prévia da inflação oficial.

No ano, a prévia da inflação oficial acumula alta de 8,49%. De acordo com a série histórica da pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), é o maior resultado para o período de janeiro a outubro desde 2003. Naquele ano, o índice ficou em 9,17%. No acumulado de doze meses, o IPCA-15 chegou a 9,77%, bem acima do teto do plano de metas estabelecido pelo governo, que é de 6,5%.

O resultado em doze meses ficou além da previsão dos economistas consultados na última semana pelo Banco Central, cujas projeções foram divulgadas no Boletim Focus. Para 2015, a previsão dos especialistas do mercado financeiro era de que a inflação oficial, medida Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), encerraria o ano em 9,75%. Confirmada a estimativa do IBGE, será o maior índice em 13 anos, ou seja, desde 2002 – quando somou 12,53%.

De setembro para outubro, influenciou o avanco do índice o aumento de preços dos grupos de gastos relativos a habitação (de 0,68% para 1,15%), a transportes (de 0,78% para 0,80%) e a alimentação e bebidas (de -0,06% para 0,62%).

Entre os fatores de maior pressão sobre o IPCA-15, segundo o IBGE, mereceu destaque o botijão de gás, que ficou 10,22% mais caro em outubro. O aumento ficou aquém do reajuste máximo permitido pela Petrobras a partir de setembro.

Depois do gás de cozinha aparece a gasolina, cujo preço subiu 1,70%, no rastro do rejuste de 6% nas refinarias, autorizado pela estatal petrolífera e que entrou em vigor no final de setembro. Contudo, não foi apenas a gasolina que ficou mais cara. O preço do litro do álcool avançou 4,83% nas bombas, “contribuindo também para a alta da gasolina, já que faz parte de sua composição”.

No segmento de gastos com alimentação bebidas, os alimentos consumidos em casa subiram 0,39%, enquanto os consumidos fora de casa registraram alta de 1,06%. Esse movimento de alta foi reflexo dos reajustes dos preços do frango inteiro (5,11%), batata inglesa (4,22%), arroz (2,15%), o pão francês (1,14%) e carnes (0,97%).

Meso com esse quadro de incontestável descontrole da política econômica por parte do governo, a presidente Dilma Rousseff insiste em afirmar que o momento é de transição e que a crise que abala a economia provocada por questões conjunturais, não estruturais. Considerando que a presidente é um fiasco em termos de economia, o melhor que o brasileiro pode fazer é pressionar para que a petista seja despejada do governo. Até porque, como diz um conhecido e gazeteiro comunista de boteco, “nunca antes na história deste país”.

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