CPI deve fiscalizar práticas nocivas do BNDES à economia do País; instituição é clube de “amigos do rei”

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A “bolsa empresário”, como foi classificada a política do BNDES de concessão de empréstimos subsidiados a grandes grupos econômicos, precisa ser alvo dos trabalhos da CPI que investiga irregularidades no banco de fomento. Essa é a opinião do deputado federal Betinho Gomes (PSDB-PE), integrante da Comissão Parlamentar de Inquérito.

A observação foi feita nesta quinta-feira (29) durante sessão do colegiado que ouviu Nelson Sampaio Bastos, Presidente da LBR Lácteos Brasil. A empresa recebeu aportes do BNDES e entrou em processo de recuperação judicial.

Para Betinho, está provado que as diretrizes adotadas pela instituição financeira estatal nos governos de Lula e Dilma foram equivocadas porque promoveu grandes impactos negativos nos ambientes: fiscal, na competitividade empresarial e na macroeconomia.

“Fica mais nítido, a cada dia, que a opção feita pelo BNDES levou a uma situação de desajuste das contas públicas. A opção de instituir a bolsa empresário levou os pequenos empreendedores a procurar o sistema convencional de bancos, que tem juros mais caros. Além disto, o banco provocou um desequilíbrio fiscal muito grande. Basta olhar o rombo no Tesouro Nacional. É fundamental que esta CPI discuta a prática do banco que sistematicamente vem promovendo desajustes no campo econômico”, defendeu o deputado pernambucano.

Betinho Gomes mencionou ainda que os recursos concedidos pelo BNDES não foram suficientes para manter as taxas de emprego.

“O emprego gerado, a partir dos investimentos feitos pelo empresariado, já não existe mais. O banco foi usado como instrumento político pelo governo. Vamos passar um longo período dificuldade por conta destes equívocos”, finalizou.

A CPI há de descobrir a escandalosa ingerência dos atuais ocupantes do poder para liberar recursos a um grupo de empresas, cujos proprietários e executivos circularam ao redor do planeta a fazer negócios no rastro do lobby acintoso e chicaneiro de Luiz Inácio da Silva, alvo de investigação por parte do Ministério Público Federal do DF.

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