O novo presidente do São Paulo Futebol Clube, Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, vem sofrendo pressão de aliados para afastar o vice-presidente de futebol do clube, Ataíde Gil Guerreiro, após o encerramento do Campeonato Brasileiro.
Aliás, a saída de Ataíde já vinha sendo pedida desde quando o cartola assumiu interinamente a presidência, depois da renúncia de Carlos Miguel Aidar, que deixou o clube debaixo de graves acusações. Entretanto, após ser eleito para ficar no cargo até abril de 2017, Leco alegou que trocar o vice-presidente seria prejudicial para o time de futebol, que sob o comando do técnico Doriva ainda não convenceu.
É importante destacar que Ataíde Guerreiro foi um dos principais responsáveis pela renúncia do ex-presidente, pois gravou uma conversa na qual Aidar teria proposto dividir uma comissão pela compra de um jogador da Portuguesa.
Um dos argumentos dos que querem afastar o vice de futebol é de que ele precisa ser julgado pelo Conselho Deliberativo por ter agredido o então presidente são-paulino. A pena pode ser de expulsão do clube. O caso envolvendo Carlos Miguel Aidar escapou do controle e provocou estragos inclusive no escritório de advocacia que leva o nome do cartola, que perdeu os sócios na banca advocatícia.
Fora isso, Ataíde Gil Guerreiro ainda é acusado de ter demorado para revelar irregularidades que Aidar teria cometido durante sua gestão. Isso significa que a diretoria do clube pretende puni-lo por ter sido temporariamente conivente com o ex-presidente.
Considerando os estragos decorrentes dessa queda de braços que tomou conta do clube do Morumbi, as consequências piores deverão surgir mais adiante, quando a situação de ambos – Aidar e Guerreiro – estiver definida. Até lá, acusações e ameaças dominarão a cena tricolor.