Pixuleco II: revista reafirma envolvimento de Gleisi Hoffmann em esquema criminoso no Planejamento

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“Parte considerável do dinheiro desviado beneficiou também a senadora Gleisi Hoffmann, ex-ministra da Casa Civil (PT-PR), e o marido dela, Paulo Ber¬nardo, ex-ministro do Planejamento no governo Dilma”. A informação consta da mais recente edição da revista Veja, em matéria que aborda a compra de um apartamento em Miami pelo deputado Marco Maia (PT-RS), com dinheiro do esquema investigado pela Operação Pixuleco II, 18ª fase da Operação Lava-Jato.

A participação de Gleisi nesse esquema criminoso também é reafirmada pelo jornalista Josias de Souza, em seu blog no site da Folha de S. Paulo. Ele observa a condição notória do envolvimento da senadora petista paranaense nos “propinodutos” petistas. “Além do deputado Marco Maia, frequenta o inquérito na condição de beneficiária de propinas a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR). Ela também nega”.

“No rastro da Operação Lava-Jato, a Polícia Federal descobriu que um grupo de petistas montou um esquema de negócios escusos no Ministério do Planejamento [à época comandado por Paulo Bernardo, marido de Gleisi Hoffmann]. O padrão era o mesmo do Petrolão. Em troca da assinatura de um contrato vultoso, a empresa repassava parte do valor recebido para o PT”, destaca a Veja.

“Seguindo o dinheiro, os policiais e procuradores identificaram quem arrecadava e quem recebia a propina. Chegaram então a figurões do PT beneficiados pelo dinheiro sujo na forma de financiamento de campanha eleitoral, presentes e regalias, entre elas o direito de usufruto de um apartamento em Miami. Chamou a atenção dos investigadores esse imóvel de alto padrão fincado no belíssimo litoral da capital hispânica dos EUA, refúgio de fortunas honestas e desonestas”, prossegue a revista.

“A história do apartamento em Miami começou a ser contada em agosto passado, quando a Polícia Federal prendeu Alexandre Romano, ex-verea¬dor petista de Americana, no interior de São Paulo. Romano atende pelo apelido de Chambinho. De apenas um contrato milionário dado pelo Ministério do Planejamento à empresa de informática Consist, foram desviados 50 milhões de reais. Chambinho cuidava da distribuição da bolada”, informa a Veja.

Dos estimados R$ 52 milhões que rendeu o esquema Consist, R$ 7 milhões foram parar nas contas do advogado curitibano Guilherme Gonçalves, que atende às demandas eleitorais de Gleisi e do marido. O curioso nesse imbróglio é que esse numerário foi repassado a Gonçalves sem que ele tenha prestado serviços conhecidos à Consist. Desde que o esquema começou a operar, o comportamento de Guilherme Gonçalves com relação ao casal Gleisi e Paulo Bernardo mudou. Em lugar de receber honorários, o advogado passou a pagar contas e repassar dinheiro para seus clientes. Entre outras despesas estava o salário do motorista de Gleisi Helena Hoffmann, que agora posa de “Joana D’Arc das Araucárias”.

Em relação a Marco Maia, arrogante e presunçoso como sempre, a postura dos moralistas da Câmara dos Deputados é abrir um processo no Conselho de Ética, sob a alegação de quebra do decoro parlamentar, assim como fazem com o deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ), presidente da Casa. Afinal, diz a sabedoria popular que “o pau que bate em Chico, bate em Francisco”.

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