Crise econômica: produção industrial brasileira cai 1,3% em setembro; em um ano recuo é de 10,9%

industria_1001

“Nunca antes na história deste país”. O bordão fanfarrista de Luiz Inácio da Silva, o lobista de empreiteira, criado para provocar os oposicionistas, agora cai como luva de pelica sobre o desgoverno petista de Dilma Rousseff. Isso porque a economia nacional cambaleia à beira do precipício da crise, levando os brasileiros ao desespero diante de um problema sem solução no curto prazo.

Com índices negativos surgindo a cada dia, o cenário econômico ganhou um ingrediente extra nesta quarta-feira (4). De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em setembro a produção industrial registrou queda de 1,3%, na comparação com o mês anterior, maior recuo desde o início da série histórica, em 2002. Em relação a setembro de 2014, a produção da indústria teve o décimo nono recuo seguido, de 10,9%, o maior neste tipo de comparação desde abril de 2009 (-14,1%).

O recuo de 1,3% em setembro foi o quarto resultado negativo consecutivo, período em que a perda acumulada chegou a 4,8%. No ano, a produção da indústria acumula queda de 7,4%. Em doze meses o recuo é de 6,5%.

No encerramento do terceiro trimestre de 2015, a indústria registrou perda de 9,5%, em relação a igual período do ano anterior. Trata-se da sexta taxa negativa consecutiva nesse tipo de comparação e a queda mais acentuada desde o segundo trimestre de 2009 (-11,9%)

A produção no setor de bens de consumo em setembro teve alta de 1%, na comparação com o mês anterior. Contudo, ante setembro de 2014 a queda foi de 31,7%. N o segmento bens de consumo, a pesquisa do IBGE apontou queda de 1,2% na passagem de agosto para setembro. Na comparação com o nono mês do ano anterior, o recuo é de 12,1%.

Na categoria de bens de consumo duráveis, como automóveis, por exemplo, a produção caiu 5,3% em setembro, na comparação com agosto. Tomando o mês de setembro de 2014 como parâmetro, a redução foi de 27,8%.

Em meados de 2005, o UCHO.INFO alertou o governo para o perigo que representava os primeiros passos de um processo de desindustrialização que começava a assustar o setor. À época, os palacianos ignoraram o alerta, pois naquele momento a ordem no Palácio do Planalto era salvar o então presidente Lula do furacão em que se transformara o escândalo de corrupção conhecido como Mensalão do PT.

O tempo avançou e o caos cresceu de forma preocupante, mesmo com os soluços desenvolvimentistas que surgiram na esteira de uma política econômica baseada apenas no consumismo.

apoio_04