Escândalos e “pixulecos” de Gleisi provocam debandada e devastação no PT do Paraná

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A senadora Gleisi Helena Hoffmann, considerada a maior liderança do PT do Paraná, e seu marido, o ex-ministro Paulo Bernardo da Silva (Planejamento e Comunicações), perderam mais um deputado federal eleito pelo partido, em 2014, na terra das araucárias.

Além de Toninho Wandscheer, que já comanda o PROS estadual, agora Assis do Couto deve ir para o Partido Progressista, onde sobram as duas vagas de Nelson Meurer e Dilceu Sperafico que ficarão de fora da próxima disputa eleitoral depois de serem flagrados na Operação Lava-Jato no rastro dos dólares de Alberto Youssef e do Petrolão.

As sobras do esfacelado PT de Gleisi são disputadas também pelo PDT do prefeito de Curitiba, Gustavo Fruet. Considerado um azarão na esfera da própria sucessão em 2016, Fruet nem por isso deixa de sonhar com a disputa do governo do estado em 2018.

A chapa de Gleisi Hoffmann em 2014 perdeu até agora três deputados federais, já que Aliel Machado (Ponta Grossa) deixou o PCdoB e migrou para a Rede Sustentabilidade, de Marina Silva. Sobram até o momento os deputados federais Zeca Dirceu e Enio Verri, do PT, e Cristyane Yared, do PTN.

A devastação nas fileiras do PT do Paraná, que deve perder diversos prefeitos, e marcha a passos largos para se transformar em um partido nanico no estado, deve muito às lambanças do outrora “casal 20” da Esplanada dos Ministérios. Envolvidos cada vez mais no Petrolão, o maior escândalo de corrupção da História, e em algumas das fases da Lava-Jato, como a Operação Pixuleco II, quem tem em Gleisi sua principal estrela, a parelha petista parece viver um inferno astral sem fim.

Em meio aos escândalos, até os calejados “companheiros” se horrorizam com as manobras explícitas de Gleisi para tentar evitar que o marido, Paulo Bernardo, termine nas garras da Justiça, compartilhando com outros envolvidos no Petrolão o cárcere da Polícia Federal em Curitiba. A ideia fixa da senadora é emplacar o marido em um cargo federal do primeiro escalão, com foro privilegiado, para tirá-lo da alça de mira do juiz federal Sérgio Moro.

Na Operação Pixuleco II, da PF, Bernardo escapou, por um triz, do juiz Sergio Moro, depois que o Supremo Tribunal federal (STF) decidiu fatiar uma das fases da operação e remetê-la à Justiça Federal de São Paulo.

Nessa ação, Bernardo está sendo acusado de receber parte dos R$ 52 milhões desviados do Ministério do Planejamento e que foram parar nas contas do advogado das campanhas de Gleisi, Guilherme Gonçalves. O dinheiro que coube a Bernardo, segundo a Polícia Federal, serviu para pagar o salário dos motoristas de Gleisi e o tesoureiro do PT do Paraná, Zeno Minusso, homem de confiança do ex-ministro.

“O que o casal (Gleisi Bernardo) mais teme é a prisão de Paulo Bernardo. Esse é o argumento que ela (Gleisi) usa para pressionar o Planalto para nomear o Paulo (Bernardo)”, disse um petista desafeto do “casal”.

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