Investigado por corrupção e afastado do comando da FIFA, Joseph Blatter foi internado na Suíça

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Afastado da presidência por conta dos escândalos de corrupção que chacoalham a entidade máxima do futebol, o suíço Joseph Sepp Blatter está internado. A informação foi veiculada nesta quarta-feira (11) pela imprensa suíça, mas o motivo da hospitalização não foi divulgado.

Há uma semana, Blatter foi obrigado a passar por exames médicos após sofrer um mal-estar. Pessoas próximas ao cartola informaram que o suíço, de 79 anos, não teve de ser internado na ocasião, mas que apenas ficaria isolado e não teria contato nem mesmo com seus advogados por pelo menos uma semana.

Agora, o presidente afastado da FIFA foi levado de volta ao hospital de Zurique para “investigações” sobre sua condição de saúde. A assessoria de Joseph Blatter confirmou o mal-estar e explicou que os problemas estariam relacionados com o estresse sofrido nas últimas semanas.

Em maio, por ocasião do congresso que lhe deu mais um período no comando da FIFA, Blatter disse que tinha “energia suficiente para mais um mandato de quarto anos”. Contudo, a prisão de cartolas e a pressão exercida da Justiça, em especial a dos Estados Unidos, que investiga casos de corrupção no mundo da bola, fragilizaram sobremaneira a saúde do dirigente.

Apesar desse quadro de fragilidade que ora se manifesta de maneira clara, em agosto, durante festa em Ulrichen, sua cidade natal, Blatter foi presenteado com uma vaca, que para os agricultores do país europeu representa resistência.

Recentemente, em entrevista ao jornal inglês “Financial Times”, Blatter disse que estava “tranquilo”. Essa suposta tranquilidade não se confirma, pois o cartola cancelou viagens para a fora da Suíça com medo de ser preso na esteira de algum pedido da Justiça norte-americana. Ademais, como reforço da inverdade vociferada pelo presidente afastado da FIFA, sua saúde debilitada mostra que inexiste a tal tranquilidade.

A situação de Joseph Blatter pode piorar, uma vez que José Maria Marin, ex-presidente da CBF e que está em prisão domiciliar em Nova York, deve aderir à delação premiada como forma de reduzir pena no processo que investiga corrupção e pagamento de propinas na seara do futebol. E se Marin contar parte do que sabe, por certo Blatter cairá como uma peça no tabuleiro de xadrez.

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