Desesperada diante do impeachment, Dilma apela a Temer, que conspira à vontade nos bastidores

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Se Dilma Rousseff é mentirosa não se sabe, mas está cada vez mais evidente que a presidente da República atropela a verdade para salvar a si mesma. Depois de tripudiar sobre o vice Michel Temer (PMDB), enquanto este estava no comando da articulação política do governo, Dilma agora quer o apoio do peemedebista para evitar o avanço do pedido de impeachment aceito pelo presidente da Câmara dos Deputados.

Sempre foi notório o desprezo de Dilma em relação a Temer, situação que ficou cristalina quando o então presidente Luiz Inácio da Silva impôs o peemedebista como candidato a vice na chapa de sua sucessora, em 2010.

Recentemente, Michel, em conversa com pessoa de seu relacionamento fora da política, disse com todas as letras que não moveria uma palha sequer para defender a presidente da República, Essa afirmação foi feita antes de o calvário de Dilma piorar sobremaneira, como ocorreu nos últimos dias. Ademais, Temer também afirmou na ocasião que está pronto para cumprir com aquilo que a Constituição Federal determina. E não custa lembrar que Michel Temer é advogado constitucionalista.

Que Temer está de olho na principal cadeira do Palácio do Planalto todos sabem, mas a presidente deveria evitar o ridículo e não implorar publicamente pelo apoio de Michel Temer. Independentemente de qual seja o desfecho do pedido de impeachment, a situação política brasileira há de piorar muito. Mesmo assim, para se ver livre do mais nefasto e corrupto governo da história nacional os brasileiros estão dispostos a pagar qualquer preço.

No último sábado (7), durante almoço na cidade de São Paulo, Temer revelou ao anfitrião que seu rompimento com Dilma Rousseff não tem volta. Isso significa que a situação da presidente tende a piorar muito nos próximos dias, período em que o PT e o Palácio do Planalto tentam reverter o jogo no Congresso Nacional.


O rega-bofe, que mesclou conversas de amigos e questões políticas, contou com a participação do governo Geraldo Alckmin, de São Paulo, que até recentemente mantinha um discurso ameno em relação ao impeachment. Depois do encontro com o vice-presidente da República, o governador tucano não apenas disse que é inevitável apoiar eventual governo de Michel Temer, como mudou o pensamento em relação à ação de impedimento da petista.

Se por um lado o vice Michel Temer é um político com excesso de experiência, a ponto de escapar das armadilhas criadas por Dilma, por outro o governador Geraldo Alckmin tem mostrado que não sabe fazer política tendo petistas como adversários.

No momento em que o Brasil se volta contra Dilma no rastro de um cenário que mescla corrupção desenfreada, crise econômica e pedaladas fiscais, o governador paulista cai nas esparrelas criadas pelo PT no vácuo das manifestações dos estudantes contra a reforma do ensino no Estado de São Paulo. Acuado e com a popularidade em queda livre, Alckmin foi obrigado a recuar, o que abriu terreno fértil para a ação criminosa dos petistas, que se fazem representar em sindicatos e movimentos sociais.

Isso significa que o encontro de Alckmin e Temer pode ter selado uma parceria que até então parecia difícil. Afinal, para recuperar a simpatia da população e continuar sonhando com o Palácio do Planalto, o governador paulista não tem outra escolha, que não a de apoiar Michel Temer e torcer pela derrocada de Dilma.

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