O maior acerto, talvez o único, de Luiz Inácio da Silva, o lobista Lula, em todos os tempos foi o lapidar bordão “nunca antes na história deste país”. Criado para fustigar a oposição, como se o petista fosse uma espécie de Messias tupiniquim, o bordão agora serve para emoldurar as lambanças do Partido dos Trabalhadores, que no comando (sic) do País conta com o apoio de um sem fim de apaniguados que querem continuar sangrando os cofres da viúva.
Moralistas de última hora e da pior espécie, os petistas buscam no discurso vazio e mentiroso e na truculência uma forma de manter o status quo criminoso que varre o Brasil em todas as instâncias. Para tanto, os “companheiros” insistem em vociferar que o pedido de impeachment de Dilma Rousseff é golpe e que o desejo dos adversários é afastar os pobres do poder. Uma balela desmedida que serve apenas para manter a cornucópia que alimenta a quadrilha que tomou de assalto o Estado brasileiro.
Entre os muitos discursos petistas está o “fora Cunha”, entoado para destronar o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que há dias aceitou o pedido de impeachment de Dilma Rousseff. Com os votos de petistas no Conselho de Ética, Cunha poderá perder o mandato por quebra do decoro parlamentar. Pesa sobre o peemedebista a acusação de ter mentido na CPI da Petrobras ao afirmar que não era possuidor de contas bancárias no exterior. Mais tarde descobriu-se que o presidente da Câmara era, ao menos beneficiários de contas secretas na Suíça.
Sem dúvida alguma Eduardo Cunha não tem vocação para santo, até porque se assim fosse jamais teria chegado à presidência da Câmara. Sendo assim, o processo aberto contra Eduardo Cunha é pertinente, mas é preciso fixar parâmetros claros para definir o que é quebra de decoro parlamentar. Se mentir se encaixa nesse perfil, destruição do patrimônio público e a incitação à violência também se encaixam na quebra do decoro parlamentar.
No começo da noite de terça-feira (8), quando o plenário da Câmara registrava os primeiros votos que imporiam ao governo uma fragorosa derrota no caso do pedido de impeachment de Dilma, vários petistas não apenas tentaram impedir a votação, mas destruíram as urnas eletrônicas e incitaram a violência. Há imagens registradas no plenário que não deixam dúvidas a respeito da conduta desses marginais que usam o mandato eletivo como senha para a impunidade.
Um desses delinquentes é o deputado federal Zeca do PT, ex-governador de Mato Grosso do Sul e responsável por apresentar o pecuarista José Carlos Bumlai, preso na Operação Lava-Jato, ao alarife Lula. Incontestes, as imagens feitas no plenário da Câmara, próximo ao local de votação, mostram Zeca do PT, aos gritos, ordenando aos seus companheiros de legenda a destruição das urnas de votação. “Quebrem as máquinas, quebrem as máquinas”, bradava o delinquente com mandato de deputado.
Se Cunha está sendo processado por quebra de decoro parlamentar com base em mentirada vociferada na CPI da Petrobras, Zeca do PT deve no mínimo entrar na fila da degola. A grande questão é que para a anestesiada opinião pública, que se deixa levar pelas falácias petistas, acredita na tese de que o fim justifica os meios. No momento em que um deputado federal age dessa forma, o Congresso Nacional está mais para caso de polícia do que qualquer outra coisa. Resta saber quem terá coragem para enquadrar Zeca do PT.