A guerra declarada entre o prefeito de Curitiba, Gustavo Fruet (PDT), e a senadora Gleisi Helena Hoffmann (PT), a Joana D’Arc das Araucárias, teve um capítulo violento nesta semana. O prefeito curitibano atingiu o ponto mais fraco dos petistas, as chamadas “boquinhas”, e demitiu 30 “companheiros” comissionados. O PT é coligado a Fruet e sua vice, Mirian Gonçalves, é petista.
Com a degola, o gabinete da vice-prefeita ficou reduzido a três assessoras. As exonerações serão publicadas no Diário Oficial do Município nos próximos dias. Com a medida, Fruet tem à disposição mais 30 cargos para negociar com os partidos que integram sua campanha à reeleição.
A guerra de Gustavo Fruet com o PT começou quando Gleisi, em mais um movimento desastrado e ignorando sua crítica situação, anunciou por conta própria o rompimento da aliança com o prefeito de Curitiba, a quem o partido se aliou nas eleições de 2012.
A senadora, conhecida no Paraná como a “Barbie da Tríplice Fronteira”, afunda cada vez mais nas investigações da Operação Lava-Jato e da Operação Pixuleco II, além de ter sido delatada por envolvidos no escândalo do Petrolão, mas mesmo assim não perde a arrogância.
Para piorar o que o que já era ruim, Gleisi atacou Fruet em artigo publicado na imprensa. Chamou o prefeito de ingrato e de excluí-la das articulações para as eleições de 2016. Gleisi ameaçou lançar a candidatura do deputado Tadeu Veneri (PT), investigado pelo Ministério Público por se apropriar indevidamente de verbas de gabinete.
Veneri também recebeu doações de empreiteiras implicadas na Operação Lava-Jato, entre elas a notória Odebrecht, cujo presidente, Marcelo Odebrecht, continua preso em Curitiba. Na Assembleia Legislativa do Paraná o deputado é conhecido como “Tadeuzinho Odebrecht”.
Tadeu Veneri pode ser o caminho para levar o escândalo do Petrolão para dentro da campanha pela prefeitura de Curitiba, temem os petistas, que até tentaram desautorizar Gleisi.
Fruet, por sua vez, que já estava farto da aliança com o PT, resolveu aproveitar o surto de Gleisi e formalizar a ruptura da aliança com os “companheiros”.