Com o julgamento acerca do rito a ser cumprido pelo Congresso Nacional marcado para quarta-feira (16), o impeachment de Dilma Vana Rousseff não apenas poderá representar uma incógnita na vida da presidente da República e dos palacianos, mas atrapalhará a economia brasileira se uma decisão sobre o tema for postergada.
Depois da suspensão em caráter liminar decidida pelo ministro Luiz Edson Fachin, o STF decidirá, em plenário, o caminho a ser seguido pelo processo de impedimento da petista, mas um pedido de vista por parte de algum integrante da Corte fará com que o Brasil permaneça em compasso de espera até a retomada da matéria, o que, prevê-se, acontecerá em meados de fevereiro do próximo ano, depois da folia de Momo.
No caso de essa tendência se confirmar, Dilma sangrará politicamente até lá, mas ao mesmo tempo terá a chance de tentar negociar nos bastidores para evitar o pior. De igual modo, os partidos de oposição terão a oportunidade de convencer a opinião pública de que apenas a pressão popular decretará o fim do mais corrupto e incompetente governo de toda a história brasileira.
A grande questão nesse imbróglio que corre o risco de aumentar sobremaneira é que a economia do País andará de lado e para baixo até a tomada de uma decisão final. Sem dinheiro para investimentos em infraestrutura, o que permitira a retomada lenta da economia, e diante da possibilidade cada vez maior de o Brasil ter seu grau de investimento rebaixado pela agência Moody’s, o Palácio do Planalto está focado na salvação do mandato de Dilma Rousseff, que se for apeada do cargo levará junto do Partido dos Trabalhadores, desejo inconteste da extensa maioria da população.
Se o calvário enfrentado pelos brasileiros no rastro da crise econômica não sensibiliza Dilma, a ponto de ela renunciar, não há razão para que os brasileiros compareçam em número inexpressivo nas ruas para exigir o fim desse governo bandoleiro e paralisado que aí está.
O cenário atual, embalado por crise múltipla e crescente, aponta para a sensível piora da economia nos próximos meses, sem que haja no horizonte qualquer solução para minimizar o caos. Aliás, uma eventual saída de Dilma Rousseff – seja por renúncia, impeachment ou impugnação de mandato eletivo – não significará o imediato equacionamento da crise, pois o estrago patrocinado pela petista na economia só será sanado ao longo de pelo menos duas décadas.
Quando o assunto é luz no fim do túnel, essa só deverá aparecer, mesmo que esmaecida, em meados de 2018, possivelmente no ano seguinte (2019). Até lá, o brasileiro precisa reconhecer a necessidade de se fazer a lição de casa, ou seja, pagar o custo da débâcle econômica provocada pelo PT, que com o seu comandante-mor, Luiz Inácio da Silva, continua insistindo em evidenciar as supostas conquistas da população no rastro da era petista.
Ao contrário do que tenta pregar a “companheirada”, após treze anos de administração do PT pelo menos 68% da população brasileira reconhecem que não ocorreu melhora da qualidade de vida. Isso porque Lula e seus quejandos apostaram no populismo barato como forma de ludibriar a opinião pública, enquanto saqueavam os cofres públicos no rastro de distintos escândalos de corrupção.
A gazeta foi tamanha, que o governo, à sombra do endividamento das famílias e de índices recordes de inadimplência, foi obrigado a reinventar a classe média.