Nesta quarta-feira (23), o cantor e compositor Chico Buarque postou em seu perfil no Facebook o vídeo em que foi hostilizado por um grupo no Leblon, Zona Sul do Rio de Janeiro. No último dia 14, o músico saía de um restaurante quando foi questionado por jovens sobre o fato de ser petista e ouviu ironias sobre um possível apartamento dele em Paris.
“Você é um merda, quero ouvir da sua boca: quem apoia o PT o que é?”, perguntou um dos jovens. “É petista”, respondeu Chico Buarque. O vídeo da discussão “viralizou” nas redes sociais.
Antes de compartilhar as imagens da discussão, em sua primeira manifestação pública após o bate-boca no Leblon, o compositor postou um vídeo de uma de suas mais famosas canções, “Vai trabalhar, vagabundo”.
A presidente Dilma Rousseff aproveitou a oportunidade para prestar solidariedade ao petista Chico Buarque. Ela também usou as redes sociais para postar: “Minha solidariedade a Chico Buarque, um dos maiores artistas brasileiros, que foi hostilizado no Rio por conta de suas posições políticas. O Brasil tem uma tradição de conviver de forma pacífica com as diferenças. Não podemos aceitar o ódio e a intolerância”, escreveu a presidente.
“É preciso respeitar as divergências de opinião. A disputa política é saudável, mas deve ser feita de forma respeitosa, não furiosa. Reafirmo meu repúdio a qualquer tipo de intolerância, inclusive à patrulha ideológica. A Chico e seus amigos, o meu carinho”, completou Dilma em seu perfil no Twitter.
Quando, em 2010, Chico declarou apoio a Dilma, a pedido do apedeuta lobista, sua irmã, Ana de Hollanda, ganhou de presente o comando do Ministério da Cultura, onde fez uma administração pífia e muito criticada. No rastro desse mimo, a família de Chico Buarque foi beneficiada com algo que em países minimamente sérios é considerado tráfico de influência.
Sobrinha do cantor, Bebel Gilberto recebeu R$ 1,9 milhão por meio da Lei Rouanet, o que só é possível com a anuência do Ministério da Cultura. Ou seja, à época a titia entrou em cena para dar uma mãozinha. Thaís Gulin, namorada de Chico, recebeu R$ 800 mil também através da Lei Rouanet. Carlinhos Brown, genro de Chico, recebeu, também através da Lei Rouanet, R$ 996 mil (ele inventou a enfadonha caxirola, um dos micos da Copa do Mundo de 2014).
Mas a “Ópera do Malandro” não para por aí. O filme “Chico, o Artista e o Tempo”, recebeu R$ 4,4 milhões pela Lei Rouanet. Com a ajuda do Ministério da Cultura (leia-se da irmã que era ministra da pasta), Chico recebeu dinheiro oficial para traduzir ao idioma coreano o livro “Leite Derramado”. Coisa de governo populista e que finge preocupar-se com o povo.