Primeiro-ministro iraquiano promete libertar país das garras terroristas do Estado Islâmico em 2016

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O Iraque estará livre dos extremistas do “Estado Islâmico” (EI) em 2016, declarou o primeiro-ministro Haider al-Abadi, após ter comunicado que as forças de segurança iraquianas haviam retomado o controle sobre a cidade de Ramadi, na segunda-feira (28). Trata-se da primeira vitória militar do Iraque desde a derrocada frente aos combatentes jihadistas há dezoito meses.

“Se 2015 foi um ano de libertação, 2016 será o ano de grandes vitórias, acabando com a presença do Daesh [acrônimo de EI em árabe] no Iraque e na Mesopotâmia [denominação antiga para o planalto localizado entre os rios Tigres e Eufrates, que atualmente engloba o norte da Síria e boa parte do Iraque]”, disse o premiê, em discurso televisionado à nação. “Estamos chegando para libertar Mossul, que será o golpe fatal ao Daesh.”

O premiê iraquiano não deixou claro, no entanto, se a cidade de Mossul será a próxima batalha ou se as forças iraquianas tentariam recuperar primeiro outras localidades. Mossul, a principal cidade no norte do Iraque, é de longe o maior centro populacional dentro da área do autoproclamado “Califado” do EI no Iraque e na Síria.


Abadi felicitou o Exército iraquiano pela recaptura de Ramadi, nas mãos do EI desde maio, após um ataque jihadista devastador. Ele disse que a cidade poderia ter sido libertada “muito mais cedo”, mas as forças iraquianas avançaram com cautela para restringir as baixas civis.

O governador da província de Anbar, Sohaib Alrawi, afirmou que 80% de Ramadi, localizada cerca de 70 quilômetros a oeste de Bagdá, está livre dos jihadistas. Imagens de televisão mostraram veículos militares nas ruas devastadas da cidade. A coalizão anti-EI liderada pelos EUA divulgou imagens de drones que mostram a bandeira do Iraque sendo hasteada num complexo governamental no centro de Ramadi.

O especialista em militar iraquiano, Safaa al-Obeidi, disse à agência de notícias DPA que a recaptura de Ramadi abre o caminho às forças do governo para retomar outras áreas da província de Anbar, possivelmente começando com a cidade de Fallujah, a oeste de Bagdá. (Com agências internacionais)

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