Lula tenta minimizar briga entre o PT e o governo, enquanto Dilma ensaia novo embuste oficial

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Preocupado não apenas com a grave crise enfrentada pelo governo de sua sucessora, o lobista-palestrante Luiz Inácio da Silva aterrissou em Brasília na terça-feira (5) para uma conversa “olho no olho” com a “companheira” Dilma Vana Rousseff. Lula, que sabe ser difícil a atual situação, quer não apenas salvar o governo, mas interromper o processo de derretimento do seu partido, o PT, que arde nas chamas da corrupção e da incompetência.

Durante o encontro, no Palácio da Alvorada, o ex-presidente pediu a Dilma para que o governo e o PT evitem o enfrentamento público, ou seja, que se engalfinhem à vontade nos bastidores, sem passar à opinião pública a imagem de desgaste que existe na relação entre ambos. A incursão do ex-metalúrgico aconteceu horas depois da publicação da entrevista concedida ao Diário do Nordeste por Cid Gomes, ex-governador do Ceará, que sugeriu que Dilma deixe o Partido dos Trabalhadores como forma de se distanciar do processo sucessório de 2018.

Combalido politicamente e na mira da Polícia Federal nas operações Lava-Jato e Zelotes, Lula sabe que sua eventual participação na próxima corrida presidencial depende do desempenho do governo Dilma, que começa a criar um punhado de factoides para mais uma vez ludibriar a parcela desavisada da população.

A exemplo do que fez em ocasiões anteriores, Dilma se agarra ao embuste do Programa de Aceleração do Crescimento e já fala em um “novo PAC”, como se esse plano não fosse a reverberação de um fiasco conhecido. Apesar das edições anteriores do PAC, o Brasil continua sofrendo com a deterioração da infraestrutura, uma das causas da crise econômica que devasta o País e tira o sono dos brasileiros.


Não bastasse o ufanismo que recobre o tal “novo PAC”, Dilma deve reunir em breve o Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, o chamado Conselhão, como forma de passar à população a ideia de que ela própria e o seu governo estão em sintonia com todos os setores da sociedade, de trabalhadores a empresários.

O tal Conselhão não passa de uma ópera bufa criada por Lula e que serve para ludibriar os mais crédulos, já que desde a sua criação o grupo nada de importante decidiu em favor do Brasil. Na verdade, o Conselhão não passa de um grupo de espertalhões que usam os encontros para, no rastro da proximidade com o poder, tirar alguma vantagem.

A nova estratégia de Dilma Rousseff, que está sendo esculpida com o cinzel do oportunismo barato, é mais um sinal inconteste de que a chefe do Executivo está desesperada não apenas com os macabros desdobramentos da crise, mas também e principalmente com o processo de impeachment que tramita na Câmara dos Deputados e será retomado após o final do recesso parlamentar.

No momento em que o “novo PAC” entrar em cena, mesmo que de maneira teatral, no melhor estilo “para inglês ver”, Dilma conseguirá aplacar o apetite voraz dos aliados no Congresso, que cada vez mais são dependentes da os conchavos, escambos e atos de corrupção. Enfim…

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