Em 2016, somente a combalida Venezuela deve ter recessão pior que a do Brasil

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De acordo com a agência de notícias Bloomberg, em 2016 o Brasil terá o segundo pior resultado de crescimento dentre as 93 economias pesquisadas. Com recessão projetada de 2,5%, podendo chegar facilmente à marca de -3%, a economia verde-loura deverá ficar atrás apenas da venezuelana, que tem previsão de contração de 3,3%.

“A projeção de PIB do Brasil em 2016 combinada com a queda do ano passado coloca o país em sua recessão mais profunda desde pelo menos 1901. Duas grandes agências de rating já rebaixaram a dívida soberana do país para o status ‘junk'”, revela a Bloomberg em matéria ilustrada pelo Cristo Redentor no Rio de Janeiro.

Vale destacar que a pesquisa foi feita entre outubro e dezembro do ano passado, e o resultado divulgado é a mediana.

O mais recente Boletim Focus, divulgado pelo Banco Central nesta segunda-feira (11), com previsões de economistas, projeta contração de 2,99% para a economia brasileira em 2016.

O ano também deve ter quedas do PIB na Grécia (-1,8%), Rússia e Equador (-0,5% cada). Ainda de acordo com a agência Bloomberg, mesmo alguns países com projeção de crescimento anual também continuam sob o risco de recessões transitórias.


Um exemplo é a Ucrânia. Depois de dois anos terríveis economicamente após conflitos internos e disputas com a Rússia, o país tem a previsão de crescer 1,2% neste ano, mas ainda com chance de 60% de dois trimestres seguidos de contração.

É o mesmo risco de recessão identificado na Argentina, onde o primeiro ano de mandato do presidente Mauricio Macri tem previsão de crescimento zero e deve ser marcado por ajustes fiscais, liberação do câmbio e reformas liberais.

Completando a lista dos piores resultados do ano, mas já com crescimento, estão Japão (1%), Finlândia (1%), Croácia (1,1%) e Suíça (1,2%).

Em Taiwan, a chance de recessão é de 55% mesmo com a mediana prevendo crescimento de 2%. Por outro lado, com os melhores resultados esperados para 2016, estão Índia (7,4%), Vietnã (6,6%), Bangladesh (6,6%) e China (6,5%).

Apesar desses números desanimadores e que traduzem a realidade da economia brasileira, a presidente Dilma Rousseff continua insistindo no discurso de retomada do crescimento no curto prazo, mesmo depois de o chefe da Casa Civil, o enrolado Jaques Wagner, ter afirmado que o governo não tem “coelho na cartola”. De tal modo, somente os brasileiros incautos serão capazes de cair mais uma vez nas conhecidas esparrelas da presidente da República, que não desiste da teoria do “País de Alice”.

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