Agência de classificação de risco está mais preocupada com o Brasil do que com a China

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Nesta quarta-feira (13), a Standard and Poor’s (S&P), agência de classificação de risco, declarou que está menos preocupada com a China do que com a situação alarmante dos países emergentes, entre eles o caso “extremamente grave” do Brasil.

“Estamos muito mais preocupados com as perspectivas dos países emergentes, fora a China, e em particular pelos países produtores de matérias primas”, do que com a desaceleração econômica do gigante asiático, admitiu Jean-Michel Six, chefe economista da agência para a Europa, Oriente Médio e África. Ele, inclusive, citou o “caso extremamente grave” do Brasil, país afundado em uma forte recessão.

“Cai tudo de uma vez sobre este país: está penalizado pelo endurecimento monetário nos Estados Unidos (…), pela China, pelas matérias primas e por uma política econômica e sobretudo por uma governança econômica que tem suas fragilidades”, destacou.


Six ressaltou os grandes riscos da queda dos preços do petróleo para “as perspectivas de crescimento (…) nos países emergentes”, produtores e fortemente dependentes das cotações das matérias primas e do petróleo.

Com o petróleo afundado a cerca de 30 dólares o barril, “estamos em uma zona de incerteza e de debilidade que é alarmante” para estes países, acrescentou.

Já a desaceleração da economia chinesa, que gerou turbulências nas bolsas, não gera a mesma preocupação na direção da S&P.

É preciso “relativizar a magnitude” desta desaceleração, que pode ser bem-vinda, disse o economista, que citou exemplos de outros países, como o Japão, que vivenciaram – como acontece agora com a China – uma transição em seu modelo econômico “do investimento ao consumo”.

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