Mergulhado em grave crise econômica, Brasil lidera ranking de maiores taxas reais de juro

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Na quinta-feira (21), o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central anunciou a manutenção em 14,25% da taxa básica de juro da economia, a Selic. É a quarta vez que a taxa permanece inalterada.

A decisão tornou-se uma das mais aguardadas dos últimos tempos por causa da carta divulgada na quarta pelo presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, em gesto bastante incomum na véspera de uma decisão do comitê.

Tombini ressaltou que as novas previsões do Fundo Monetário Internacional (FMI) de recessão de 3,5% neste ano, e crescimento zero no ano que vem, eram “significativas” e que todas as informações disponíveis até a data seriam levadas em conta pelo Copom.

Analistas avaliaram que, após declarações na direção de mais aperto monetário, o BC cedeu a pressões e buscava com a carta uma forma de justificar manutenção ou uma alta menor da taxa, que acabou se concretizando.

A taxa de juro real do Brasil, que desconta do índice nominal a inflação dos últimos 12 meses, está em 6,78%. É de longe a maior entre os 40 países de um ranking formulado pela Infinity Asset Manegement e o site MoneYou.

Em seguida vem Rússia (2,78%), China (2,61%), Indonésia (2,29%) e Filipinas (1,27%). Em último estão Dinamarca (-2,02%), Argentina (-8,87%) e Venezuela (-58,59%). A média geral é de -1,8%.

A posição do Brasil foi determinada não apenas pelos juros alto, mas também pela divulgação da inflação em 2015, que segundo o IBGE ficou em 10,67%, maior taxa desde 2002.

Confira os 40 países do ranking e taxas reais de juro em cada um (juro nominal menos a inflação dos últimos 12 meses):

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