“Presentes” de empreiteiras complicam Lula e o PT, diz líder do PPS na Câmara dos Deputados

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A revelação feita por uma fornecedora de que a empreiteira Odebrecht foi responsável pelas obras de reforma de um sítio que seria do ex-presidente Luiz Inácio da Silva complicam ainda mais a situação dele diante das investigações realizadas pela Operação Lava-Jato. A avaliação foi feita nesta sexta-feira pelo líder do PPS na Câmara, deputado federal Rubens Bueno (SP), após reportagem divulgada pelo jornal “Folha de S. Paulo”.

“Na quarta-feira, um triplex que seria de Lula, reformado pela OAS, se tornou alvo de uma operação da Polícia Federal. Agora, várias testemunhas apontam que um sítio em Atibaia frequentado pela família do petista teve a reforma paga pela Odebrecht. E não foi só Lula que ganhou “presentes” de empreiteiras. Outros petistas também, inclusive o Vaccari Neto (ex-tesoureiro do PT), que está preso. Trata-se de uma relação promíscua que precisa ser investigada a fundo”, defendeu o líder do PPS.

Para Rubens Bueno, o ex-presidente tem muito a explicar. “Seu instituto recebeu milhões de empreiteiras por palestras, ele viajou o mundo de carona em jatinhos dessas empresas, seus filhos também foram beneficiados e ainda temos os “presentes”, as “reformas” que, ao final das investigações, poderão ser caracterizadas como propina”, reforçou o deputado.


Segundo a Folha, o sítio de Atibaia, de 14,5 mil m², está registrado em nome dos empresários Jonas Suassuna e Fernando Bittar, ambos sócios de Fábio Luís da Silva, filho do ex-presidente.

O jornal informa também que a Odebrecht gastou nas obras cerca de R$ 500 mil somente em materiais. A estimativa foi feita por Patrícia Fabiana Melo Nunes, 34, à época proprietária do Depósito Dias, loja que forneceu produtos para a reforma no sítio. “A gente diluía esse valor total em notas para várias empresas, mas para mim todas elas eram Odebrecht”, disse ela na reportagem do jornal.

A Folha revela que o engenheiro Frederico Barbosa, da Odebrecht, que atuou no projeto do Itaquerão, trabalhou na obra do sítio que seria da família Lula. Ele mesmo admite.

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