Gleisi delira e afirma que “há uma falsa impressão de que a corrupção cresceu nos governos do PT”

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A senadora Gleisi Helena Hoffmann (PT-PR) ocupou a tribuna do Senado para defender uma tese absurda: “há uma falsa impressão de que a corrupção cresceu nos governos do PT”. Difícil saber se o “raciocínio” deriva do mais puro cinismo ou da mais absoluta desconexão com a realidade. O que coloca a ex-chefe da Casa Civil no limbo que separa a face lenhosa oficial e o autismo político.

Afinal, a “a falsa impressão que a corrupção cresceu nos governos do PT” é alimentada por elementos absolutamente sólidos e fatos incontestáveis. O que contraria a tese esdrúxula de Gleisi.

Fato é que praticamente todo o governo da presidente Dilma está envolvido em denúncias de corrupção. Existem sinais evidentes de que suas campanhas – eleição e reeleição – foram também financiadas pela corrupção que derreteu Petrobras, quadro que levou o marqueteiro petista João Santana para a carceragem da Polícia Federal, em Curitiba.

Como se não bastasse, outro ingrediente ajuda a fermentar a decadente realidade petista, que a senadora paranaense prefere ignorar. O ex-presidente Luiz Inácio da Silva, o lobista-palestrante Lula, está sendo investigado pela suspeita de lavagem de dinheiro e ocultação de patrimônio. A cada dia que passa os indícios de culpa de Lula ficam mais evidentes, assim como ganha contornos extras o escândalo das propriedades registradas em nome de terceiros: o sítio em Atibaia e o apartamento triplex no Guarujá.


A própria Gleisi Hoffmann, que tenta empinar a bizarra teoria da “falsa impressão” que prejudica o PT, foi denunciada pelo recebimento de propina (R$ 1 milhão) da Petrobras e é a principal investigada na 18ª fase da Operação Lava-Jato, a Operação Pixuleco II, por suposto envolvimento em um esquema criminoso com empréstimos consignados operados a partir do Ministério do Planejamento, à época em que as pasta era comandada pelo marido da senadora, o ex-ministro Paulo Bernardo da Silva.

Em seu discurso, Gleisi repetiu a pérola de cinismo produzida por Lula durante encontro de desagravo com petistas. O único patrimônio do ex-metalúrgico que teria crescido nos últimos anos seria o patrimônio moral.

O conceito de patrimônio moral dos petistas parece ser bastante diferente daquele concebido pela maioria da população. Lula tem em sua conta bancária R$ 27 milhões, que seria fruto de palestras bancadas por empreiteiras com interesses na Petrobras. As mesmas empresas teriam bancado reformas milionárias no sítio de Atibaia, frequentado por Lula como se fosse seu. Tanto é, que o petista transferiu para a propriedade rural sua mudança quando deixou o Palácio do Planalto.

As mesmas empreiteiras camaradas reformaram um triplex no Guarujá que estava reservado para o ex-presidente. O “patrimônio moral” de Lula, salvo que o Brasil inteiro esteja submetido a uma “falsa impressão”, é realmente enorme.

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