Atolada no Petrolão e alvo da Pixuleco II, Gleisi Helena substituirá Delcídio na presidência da CAE

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Vivendo um momento de anorexia política em seus quadros, o PT esbanja quando o assunto é militantes envolvidos em escândalos e crimes a caminho de sentenças condenatórias.

O mais bizarro exemplo dessa situação é o caso da senadora Gleisi Helena Hoffmann (PT-PR), denunciada por levar propina do Petrolão e na mira da Operação II, 18ª fase da Operação Lava-Jato. Fora isso, a parlamentar petista é suspeita de pagamentos vultosos (R$ 16 milhões) e mal explicados ao marqueteiro João Santana, preso na Operação Acarajé, 23ª fase da Lava-Jato.

Mesmo assim, a senadora será confirmada como presidente da Comissão de Assuntos Econômicos do Senado (CAE), uma das mais importantes da Casa legislativa e que tem poder de decisão sobre assuntos complexos, como autorização de empréstimos aos Estados.

Gleisi ocupará o cargo no lugar do senador petista Delcídio Amaral (MS), colocado em liberdade recentemente após uma temporada na cadeia por oferecer um plano de fuga a Nestor Cerveró e tentar silenciar o ex-diretor da Petrobras.

Delcídio renunciou ao cargo na terça-feira (1º) e o PT já se deu conta da inexistência de alguém apropriado para substituí-lo no comando da CAE. Por isso, Gleisi Hoffmann, quase tão enrolada em suspeitas de ilícitos quanto o próprio Delcídio, assumirá batuta da importante comissão, o que já vinha fazendo de forma interina.


A indicação de Gleisi para a presidência da CAE, no lugar de Delcídio Amaral, é trocar o roto pela rasgada, ao mesmo tempo em que reforça a desfaçatez da legenda, marca indelével do comportamento petista.

A presidência da CAE seria um prêmio pela ferocidade (sic) e absoluta falta de noção com que Gleisi tem se entregado à defesa de Lula, o lobista-palestrante, e de Dilma Rousseff, cada vez mais perdida na Presidência da República.

Com relação a Lula, em pronunciamento que provocou indignação pelo cinismo e deboche, Gleisi afirmou que o ex-metalúrgico será eleito presidente em 2018, apesar do sítio em Atibaia e do triplex no Guarujá.

Em outra intervenção delirante, Gleisi proclamou que Lula era perseguido pelas elites, pela mídia e por adversários, sempre inconformados com as viagens em primeira classe, o uísque 12 anos, o vinho francês Romanée-Conti e o sorvete gourmet.

O PT, ao que parece, entrou na etapa final de uma fase de degradação moral e abuso do “non sense”, situação que leva a legenda ao cometimento de atos insanos, como a indicação de “companheiros” pífios para cargos de responsabilidade. Esse cenário degradante mostra que os petistas preocupam-se apenas com a própria pele, deixando arder nas labaredas da crise um país que cada vez mais se aproxima do caos generalizado.

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