Aletheia: é preciso cuidado redobrado para que Lula não ressurja das cinzas e arruíne de vez o País

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Na edição de 29 de agosto de 2014, o UCHO.INFO afirmou, sem medo de errar, que a Operação Lava-Jato não demoraria a subir a rampa do Palácio do Planalto e que alvejaria os principais gabinetes palacianos, inclusive alcançando os verdadeiros donos do poder, no caso Luiz Inácio da Silva, já que a presidente Dilma Rousseff não consegue se desvencilhar do papel de fantoche.

Desde então, este portal vem afirmando que a inclusão de Lula nas investigações, algo inevitável, deveria acontecer de modo seguro e responsável, como de fato ocorreu, mas que era preciso não permitir que esse quadro se transformasse em catapulta política para o ex-metalúrgico.

De olho no Palácio do Planalto desde que deixou o governo, Lula insiste em retornar ao governo, apesar de todas as acusações que pesam contra si e o seu partido, o PT. A Operação Aletheia, deflagrada nesta sexta-feira (4) pela Polícia Federal, é alvo de comemoração em vários rincões do País, mas não se pode ignorar o fato de que o petista pode usar o episódio para reforçar sua anunciada candidatura, que por enquanto não é oficial por força da legislação eleitoral.

Não há dúvida de que o Brasil precisa se livrar do partido que acertadamente já foi comparado a uma organização criminosa, mas é preciso muita cautela e tenacidade para que o jogo não vire a favor daqueles que há muito deveriam estar na cadeira por protagonizarem a maior roubalheira de que se tem notícia em todos os tempos.


Líder maior dos petistas, Lula – que em rasgos de ousadia já se comparou a Abraham Lincoln, Jesus, Nelson Mandela, JK, Pelé, Jango e Getúlio Vargas – é um bilontra experimentado que por certo saberá fazer uso da situação que tomou o Brasil de surpresa logo nas primeiras horas do dia.

Ciente de que sua situação política não é das melhores, especialmente por causa dos muitos desdobramentos do Petrolão, Lula deixou a “corda esticar” ao extremo para dela fazer uso. Qualquer advogado com poucas horas de profissão teria aconselhado Lula a atender aos apelos da Justiça, explicando de forma derradeira as questões atreladas ao triplex praiano e ao sítio no interior de São Paulo. O petista só não o fez porque, além de apostar na impunidade, tentou passar à parcela desavisada da população de que era vítima da intolerância das elites.

Agora, após ser conduzido coercitivamente para depor diante da força-tarefa da Lava-Jato, o ex-presidente saberá como aproveitar a situação que se formou no rastro da maior e mais longeva investigação da história nacional. Lula não chegou à Presidência da República a bordo da tolice ou de carona com um lampejo de sorte. Trata-se de um alarife com muitos anos de estrada e que não cederá tão facilmente aos efeitos colaterais da Operação Aletheia.

Agora, mais do que em qualquer tempo, é preciso que os brasileiros de bem mantenham a firmeza de propósito e a responsabilidade, cobrando o fim da corrupção e a saída de Dilma Rousseff, desde que tudo ocorra dentro dos limiares da legalidade. Do contrário, Lula há de se transformar em forte candidato na corrida presidencial de 2018.

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