Ninguém está acima da lei! É o que mostrou a Operação Aletheia, 24ª fase da Operação Lava-Jato, que interrompeu a farsa e o deboche de Luiz Inácio da Silva, o lobista-palestrante Lula, que há muito vem mesclando vitimização com desdém, como se a impunidade fosse o propulsor de uma nação arrasada por um partido político já comparado a organização criminosa.
Deflagrada na manhã desta sexta-feira (4), a Aletheia cumpriu mandados de busca e apreensão no Instituto Lula e de condução coercitiva contra o ex-presidente, que por questões d3e segurança foi levado para depor no Aeroporto de Congonhas, Zona Sul da capital paulista.
Durante as investigações, a Polícia Federal identificou vários pagamentos ao Instituto Lula por parte de empreiteiras investigadas na Lava-Jato e que durante uma década alimentaram o maior esquema de corrupção da História, o Petrolão, que funcionava na estatal petrolífera. As autoridades também investigam o caso dos imóveis supostamente pertencentes a Lula e registrados em nome de terceiros: o apartamento triplex no Guarujá e o sítio em Atibaia.
Durante a semana, Lula, abusando de sua prepotência e agindo como verdadeiro finório, chegou ao desplante de dizer que só falaria sobre os imóveis a uma autoridade “imparcial” e “dotada de atribuição”. Sempre acreditando que a lei não alcançaria, o ex-presidente não considerou a possibilidade de o recuo do promotor do Ministério Público paulista ter sido uma estratégia para uma ação muito mais incisiva, como a que ocorreu nesta sexta-feira.
No tocante aos pagamentos das empreiteiras ao instituto que leva o nome do ex-presidente, a força-tarefa da Lava-Jato acredita que o dinheiro tinha como origem os desvios ocorridos na Petrobras, o que pode complicar sobremaneira o agora lobista, que não terá como explicar um número de palestras tão grande, a ponto de um ser humano não conseguir proferi-las em tão pouco tempo.
Um dos objetivos da Lava-Jato, nesta fase, é provar que Lula não apenas sabia do esquema de corrupção, mas decidia quais partidos seriam beneficiados com a roubalheira. Isso confirma notícias do UCHO.INFO divulgadas em meados e 2005, que afirmavam que o Petrolão só entrou em cena para substituir o Mensalão do PT com o explícito consentimento de Lula.
A prova maior dessa conivência espúria ficou clara em muitas manifestações do finado deputado federal José Janene (PP-PR), mentor intelectual do Petrolão, que quando não tinha seus pedidos atendidos usava publicamente palavras de baixo calão para se referir ao então presidente da República. Certa feita, o destemperado Janene, na antessala da liderança do PP na Câmara dos Deputados, não pensou duas vezes para, na presença de várias pessoas, disparar “avisa para aquele filho da puta”.
A ação da PF contra Lula mostra que o UCHO.INFO não apenas estava certo quando noticiou a conivência do petista com o esquema criminoso, mas que tomou a decisão acertada ao não se intimidar diante das muitas ameaças perpetradas por delinquentes com mandato eleitoral. É importante destacar a todos que neste noticioso não se faz jornalismo de encomenda, assim como não se tergiversa diante de fatos.