O Democratas protocolou queixa-crime no Ministério Público de São Paulo contra o ex-presidente Luiz Inácio da Silva, o lobista-palestrante, por incitação ao crime. O deputado federal Pauderney Avelino (DEM-AM), líder do partido na Câmara, argumenta que, ao convocar os militantes “para a guerra”, o petista cometeu um delito contra a paz pública. “O ex-presidente está dividindo o país em nós e eles, mas, na verdade, a maioria da sociedade brasileira desaprova Lula e o governo petista”, afirmou Avelino.
Na representação, protocolada na última sexta-feira (4), foram listados artigos de leis brasileiras, como o Artigo 286 do Código Penal Brasileiro, que proíbe a incitação pública da prática de crime.
Avelino participou, juntamente com outros representantes dos partidos de oposição, de reunião nesta terça-feira (8) com o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Ricardo Lewandowski.
O grupo agendou o encontro para pedir celeridade no julgamento de recursos sobre o rito do pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff, que cada vez mais sangra politicamente à sombra de uma crise múltipla e sem precedentes.
O STF divulgou na segunda-feira acórdão com a decisão dos ministros sobre a tramitação do processo, reiterando que considera equivocada a indicação de nomes por chapa avulsa – não indicadas pelos líderes partidários – e por voto secreto.
Enquanto a oposição espera uma mudança na decisão da Corte, o ministro Marco Aurélio Mello disse não acreditar em mudança de posicionamento. “Não é possível que depois de tanta discussão, de tanto debate no STF, não é possível que tenha ficado ainda, algum ponto obscuro e omisso para que a Câmara peça esclarecimentos”, declarou o ministro, que recebeu o diploma Bertha Lutz em sessão solene do Senado em homenagem ao Dia Internacional da Mulher.
Que Lula continua apostando na impunidade todos sabem, mas o ex-metalúrgico entrou na seara do desespero e agora quer salvar a própria história na base da violência. Mesmo que Lula afirme, diante de câmeras e microfones, que deseja manifestações pacíficas em seu favor, a ordem nos bastidores da esquerda nacional é partir para o tudo ou nada. Ou seja, violência deliberada para salvar o que não tem salvação.