Lava-Jato: Marcelo Odebrecht é condenado a 19 anos de prisão; situação de Lula e Dilma piora

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Presidente afastado do grupo Odebrecht, o empresário Marcelo Bahia Odebrecht, preso na esteira da Operação Erga Omnes (14ª fase da Operação Lava-Jato) desde 19 de junho de 2015, foi condenado a dezenove anos e quatro meses de prisão por corrupção ativa, lavagem de dinheiro e associação criminosa.

Na sentença proferida pelo juiz federal Sérgio Moro, responsável na primeira instância do Judiciário pelos processos decorrentes da Operação Lava-Jato, foram também condenados à mesma pena e tempo, Márcio faria e Rogério Araújo, ex-diretores da Construtora Norberto Odebrecht, uma das empreiteiras que participaram do Petrolão, o maior esquema de corrupção da História.

O juiz Moro também condenou os executivos César Ramos Rocha e Alexandrino Alencar, ligados à Odebrecht; Renato Duque, Paulo Roberto Costa e Pedro Barusco, ex-funcionários da Petrobras; e o doleiro Alberto Youssef, um dos principais delatores da operação.


“Considerando a gravidade em concreto dos crimes em questão e que os condenados estavam envolvidos na prática habitual, sistemática e profissional de crimes contra a Petrobrás e de lavagem de dinheiro, fica mantida a prisão cautelar vigente contra Marcelo Bahia Odebrecht, Márcio Faria da Silva e Rogério Santos de Araújo”, determinou o magistrado.

Horas depois da prisão da prisão de Marcelo Odebrecht, seu pai, o empresário Emiliano Odebrecht, teria ameaçado a presidente Dilma Rousseff e o lobista Lula, afirmando que na segunda-feira subsequente o governo federal não funcionaria. A suposta ameaça foi negada por advogados da empreiteira, mas desde então a situação de Lula e Dilma vem piorando de forma quase contínua.

Com a condenação desta terça-feira (8), a delação de Marcelo Odebrecht, que está em fase de negociação, tende a se tornar mais explosiva. Isso porque até recentemente a ideia de Marcelo era poupar o presidente Lula, cujo nome aparece em muitas mensagens e e-mails trocados entre executivos da empreiteira e que foram identificados pelos investigadores da Lava-Jato.

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