Jogadora transgênero de 30 anos estreia em time feminino de vôlei na Itália

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No último domingo (6), o MyCicero Pesaro recebeu o Hermaea Entu, em jogo pela oitava rodada da Série A2 do Campeonato Italiano feminino de vôlei, e venceu por 3 sets a 0. Contudo, não foi o resultado do jogo que atraiu as atenções para a partida. A partida foi a primeira do vôlei italiano a contar com uma atleta transgênero: a líbero Alessia Ameri, de 30 anos.

Dois anos antes, Alessia disputava a Série B1 (terceira divisão) do Campeonato Italiano Masculino de vôlei, defendendo a equipe do Potenza com o nome de Alessio.

Por ser líbero, a camisa 4 atuou durante toda a partida, com número discreto. De acordo com o presidente de Hermaea Entu, Gianni Sarti, a contratação da atleta foi motivada “apenas por razões técnicas”. “Estou feliz por ter tido o total apoio e os comprimentos do presidente da liga, Mauro Fabris”, afirmou Sarti, conforme o jornal “Corriere della Sera”.


A jogadora foi contratada para substituir a líbero titular da equipe, Simona Degortes, que está lesionada. Diante o fato, o empresário da líbero aproveitou a oportunidade e fez contato com o Hermaea Entu perguntando se o clube teria problemas em contratar uma jogadora transgênero. Diante da negativa, o negócio foi fechado.

“Aqui, fazemos esporte por paixão e pensamos apenas no bem da equipe”, disse Gianni Sarti. “Alessia é uma mulher para o Estado italiano. Queremos evitar qualquer especulação, protegendo Alessia em todos os sentidos”, acrescentou.

Com a vitória deste domingo, o MyCicero Pesaro terminou a rodada na sexta colocação da Série A2, com 38 pontos. O Hermaea Entu é o nono, com 31 pontos. A competição tem 14 equipes e classifica as oito primeiras colocadas para as quartas-de-final da segunda fase.

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