Lava-Jato: habeas corpus preventivo e eventual cargo de ministro mostram que Lula teme ser preso

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Luiz Inácio da Silva, a jararaca de pelúcia Lula, começa a ver o cerco se fechar com o passar do tempo. Investigado na Operação Lava-Jato por supostamente ter sido beneficiado financeiramente pelas empreiteiras envolvidas no Petrolão, o maior escândalo de corrupção do planeta, teme ser preso. E esse temor cresceu nas últimas horas.

Depois que um advogado petista do Rio de Janeiro ingressou no Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) com habeas corpus preventivo para que Lula não seja preso durante depoimento à força-tarefa da Lava-Jato na condição de testemunha do pecuarista José Carlos Bumlai, evento marcado para a próxima segunda-feira (14), integrantes do partido e da cúpula do governo federal insistem para que o ex-metalúrgico assuma um ministério, o que lhe daria foro privilegiado. Isso permitiria a Lula ser julgado no Supremo Tribunal Federal e evitaria a possibilidade imediata de ser preso.

Na última sexta-feira (4), quando concedeu entrevista após prestar depoimento no rastro da Operação Aletheia, 24ª etapa da Lava-Jato, o ex-presidente deixou claro com sua fala inflamada e colérica que a farsa começava a se desmontar. Afinal, ninguém parte para o ataque de maneira tão inflamada se nada deve à Justiça.

Além de não saber como justificar a dinheirama que recebeu das empreiteiras através de palestras duvidosas e que ninguém viu, Lula tem dificuldade para explicar a questão do sítio em Atibaia e o apartamento triplex em Guarujá. As autoridades da Lava-Jato suspeitam que ambos os imóveis pertençam ao petista, mas estão registrados em nome de terceiros, o que configura ocultação de patrimônio.


Malandro experimentado que é, Lula vem abusando do discurso populista para reforçar a tese do “nós contra eles”, mas sabe que é questão de mais algumas semanas para que a verdade venha à tona e seu calvário político alcance o ápice. Na verdade, ao afirmar, há meses, que o ex-presidente não estava sendo investigado no âmbito da Lava-Jato, o juiz federal Sérgio Moro agiu para não comprometer o sucesso das investigações. Aliás, a força-tarefa da operação só não prendeu Lula ainda porque não quis, pois, como afirmou o UCHO.INFO no final de 2015, já há elementos de sobra para que isso ocorra.

A situação do lobista-palestrante piorou sobremaneira nos últimos dias, a ponto de Dilma Rousseff aceitar perder o poder de mando para, dando um ministério ao antecessor, impedir que o mesmo seja preso a qualquer momento. Como antecipou este noticioso, Lula estava aguardando a condução coercitiva para criar um cenário propício para se fazer de vítima e lançar um movimento que salvaria sua conturbada trajetória política, mas a iminência de ser preso muda radicalmente o cenário.

No caso de Lula aceitar o cargo de ministro, algo que o editor acredita ser quase impossível porque a vaidade do petista não permite isso, o governo de Dilma estaria a um passo do fim. Ao mesmo tempo, Lula estaria admitindo ser culpado e seu acovardamento decretaria o fim do PT, partido que já foi acertadamente comparado a uma organização criminosa.

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