O Brasil vive um dos períodos mais degradantes e corruptos da sua história política. Em vez de estar atrás das grades, até porque foi o responsável pelo tsunami de corrupção que devastou o País, Luiz Inácio da Silva, o palestrante em fuga, foi presenteado com a Casa Civil, sob a desculpa de que poderá debelar a crise político-econômica.
Investigado na Operação Lava-Jato e na Operação Zelotes, Lula consegue o chamado foro privilegiado e escapa das garras do juiz Sérgio Moro, que, municiado por informações das investigações, tem motivos de sobra para decretar a prisão do agora inalcançável chefe da Casa Civil.
Diferentemente do que pensa Dilma Rousseff, que decreta nesta quarta-feira o fim antecipado do seu segundo mandato, a chegada de Lula como ministro tem tudo para ser o epílogo de uma morte anunciada. Isso porque a crise econômica que varre o País não será revertida com populismo barato, assim como a crise política só será vencida com um novo esquema de corrupção. Por isso faz-se necessário que os brasileiros estejam atentos aos desdobramentos dessa absurda nomeação.
Após longa reunião matinal nesta quarta-feira (16), no Palácio da Alvorada, Lula decidiu assumir o comando da Casa Civil, com direito a “carta branca” da presidente para fazer mudanças em toda a estrutura do governo. Isso significa que cabeças devem rolar nas próximas horas, começando, possivelmente, por Alexandre Tombini, presidente do Banco Central, e Nelson Barbosa, ministro do Planejamento.
A eventual saída de Tombini e Barbosa começa a causar preocupação no mercado financeiro, pois a flexibilização da já pífia política de ajuste fiscal levará o Brasil para muito além do fundo do poço. O País já teve seu grau de investimento rebaixado pelas três principais agências internacionais de classificação de risco, mas mesmo assim Dilma se rendeu à fanfarrice econômica de Lula e seu bando.
A ideia é levar a parcela desavisada da população À falsa sensação de melhora da economia, cenário que não tem garantia de sucesso pelo fato de os bancos privados estarem arredios diante da concessão de crédito. De tal modo, caberá aos bancos oficiais – Banco do Brasil e Caixa – patrocinar mais um espetáculo de irresponsabilidade sob a batuta de um alarife que aposta na impunidade e acredita estar acima da lei.
Para acomodar Lula na Casa Civil, Dilma terá de desalojar o baiano Jaques Wagner, que assumirá o posto de chefe de gabinete do ex-metalúrgico. O objetivo da presidente é reforçar o time da coordenação política do governo para tentar barrar no Congresso Nacional o avanço do processo de impeachment.
Por mais estapafúrdias que sejam as desculpas palacianas para a chegada de Lula ao comando da Casa Civil, o ex-presidente fingiu resistência diante do convite para tornar-se ministro, mas na verdade usou os aliados para, nos bastidores, exigir o cargo como forma de escapar das garras do juiz Sérgio Moro, responsável na primeira instância do Judiciário pelos processos decorrentes da Operação Lava-Jato.
A nomeação de Lula como ministro de Estado mostra que Dilma e seu criador pouca importância deram às cobranças de milhões de brasileiros que foram às ruas no último domingo (13) para protestar contra a corrupção e cobrar a imediata saída de Dilma Rousseff.
Diante desse golpe contra o Estado Democrático de Direito, os brasileiros de bem precisam reagir à altura, fazendo de um movimento de paralisação do País o mais duro recado a essa organização criminosa que tomou de assalto o poder central. Ou a sociedade reage imediatamente, ou é preciso aceitar que em breve o Brasil será uma versão agigantada da Venezuela.