Em cerimônia de posse de Lula, governo confirma fraude cometida por Dilma no dia anterior

dilma_lula_1007

Como era de se esperar, a posse de Lula transformou-se em típica comemoração de botequim, com direito a aplausos ao final da execução do Hino Nacional e palavras de ordem, em recinto onde deveria prevalecer o tom cerimonioso. Isso mostra a degradação de um governo corrupto que comete crimes para garantir a prorrogação.

Dilma só fez do antecessor um ministro de Estado porque a sua prisão era questão de horas, pois Lula é investigado por vários crimes, como corrupção, tráfico de influência, falsidade ideológica, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

A cerimônia, que contou com vários ministros e petistas encalacrados na Operação Lava-Jato, teve como primeiro empossado o ex-presidente da República, recepcionado com o mantra bandoleiro “não vai ter golpe”, quando na verdade um autogolpe de Estado foi perpetrado no dia anterior.

No diálogo telefônico grampeado pela Polícia Federal, pois Lula estava sob monitoramento desde o dia 19 de fevereiro, Dilma diz ao agora ministro que enviara o temor de posse para ser utilizado apenas em caso de necessidade. Ou seja, mediante eventual cumprimento de mandado de prisão no âmbito da Lava-Jato. O que denota a ação criminosa para obstruir a Justiça.

Com a divulgação do áudio, a presidente da República se apressou em explicar o inexplicável, dando sequencia a uma sequencia de fatos desconexos que não se encaixam na linha do tempo, como detalhou o UCHO.INFO em matéria anterior. Por meio de comunicado enviado a este portal na madrugada desta quinta-feira (18), através da Secretaria de Comunicação da Presidência, Dilma tentou emplacar a tese de que o termo de posse assinado por Lula era apenas para garantir o seu ingresso oficial na equipe ministerial caso o mesmo não comparecesse à cerimônia palaciana.

Levando-se em conta que o PT peca por não combinar com antecedência e não treinar exaustivamente a mentira, Lula assinou novamente o termo de posse, o que reforça a tese de que o documento entregue ao palestrante em fuga era objeto de fraude.


No comunicado enviado do UCHO.INFO às 2h21 e às 3h37 desta quinta-feira, a assessoria de imprensa presidencial fez questão de ressaltar: “A Presidente assinará o documento amanhã [hoje] em solenidade pública de posse, estando presente ou não o ex-Presidente Lula.”

Mesmo que esfarrapada, essa foi a única desculpa que restou ao governo para tentar explicar o crime cometido por Dilma e Lula, objeto de diálogo telefônico igualmente criminoso.

Mais adiante, ainda no comunicado, a assessoria presidencial enfatiza: “Finalmente, cabe esclarecer que no diálogo entre o ex-Presidente Lula e a Presidente Dilma a expressão “pra gente ter ele” significa “o governo ter o termo de posse”, assinado pelo Presidente Lula, para em caso de sua ausência já podermos utilizá-lo na cerimônia de amanhã. Por isso, o verbo não é “usa” mas sim o governo usar o referido termo de posse.”

Ora, se a expressão “pra gente ter ele”, usada por Dilma no diálogo telefônico, significa “o governo ter o termo de posse”, não havia razão de Lula assinar o mesmo documento na presença das autoridades obrigadas a comparecer à cerimônia como forma de passar à opinião pública a falsa ideia de que trata-se de um governo prestigiado, quando na verdade está em fase terminal. O termo de posse enviado por Dilma a Lula na quarta-feira (17) era parte de uma farsa que desmoronou com o passar das horas.

Quem acompanhou a cerimônia de posse percebeu com facilidade que ao assinar o termo de posse, sem necessidade, pois já havia assinado outro no dia anterior, Lula após sua assinatura em um documento visualmente distinto daquele que foi distribuído à imprensa para dar ares de suposta legalidade a um crime escandaloso.

Fosse o Brasil um país minimamente sério – lamentavelmente não é –, Lula já estaria preso, ao passo que Dilma já teria deixado o governo. Se os brasileiros de bem não saírem às ruas, paralisando o País, para cobrar a saída imediata desses marginais do poder, a farsa oficializada nesta quinta-feira há de se transformar em verdade suprema.