Brasil tem mais desempregados que todos os países da União Europeia

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De acordo com dados publicados na segunda-feira (4), a Europa, que já foi o epicentro da crise econômica global por anos, hoje tem uma taxa de desemprego inferior ao que se registra no Brasil.

As informações apontam que os 28 países do bloco europeu somaram uma taxa de desemprego de 8,9% em fevereiro. Já no Brasil, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) a taxa era de 9,5% no trimestre encerrado em janeiro.

Os números mostram que, no total, 18 dos 28 países da União Europeia (EU) já contam com taxas de desemprego abaixo do que se vê no Brasil, um contraste com o cenário de diversos encontros entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a presidente Dilma Rousseff com líderes europeus.

No auge da crise europeia, milhares de espanhóis e portugueses decidiram tentar a chance no Brasil, enquanto os brasileiros que trabalhavam na Europa optaram pelo caminho do retorno ao País, que estava em pleno crescimento.

Conforme os novos dados oficiais da UE, contudo, a taxa de desemprego no bloco caiu de 10% no final de 2014 para 9,7% em fevereiro no ano passado e para 8,9% ao final de fevereiro deste ano. “Essa é a menor taxa na UE desde maio de 2009”, afirmou a Eurostat, a agência de estatísticas da União Europeia.


Em um ano, o número absoluto de desempregados na Europa foi reduzido em quase 2 milhões de pessoas, passando para 21,6 milhões de europeus afetados. As menores taxas foram encontradas na Alemanha, com desemprego de 4,3%, e na República Checa, com 4,5%.

A maior taxa continua sendo a da Grécia, com 24%, seguida pela Espanha, com 20,4%. Contando apenas os países que usam o euro, a taxa ficou ainda em 10,3% em fevereiro. Entretanto, mesmo assim, abaixo dos 11,2% de fevereiro de 2015 e também a taxa mais baixa desde de 2011.

Enquanto a tendência na Europa é de queda, o Brasil vive um cenário oposto. Segundo o IBGE, a taxa de desemprego no país atingiu 9,5% no trimestre encerrado em janeiro. No mesmo trimestre do ano anterior a taxa havia sido de apenas 6,8%.

Nos três meses terminados em outubro, a taxa havia sido de 9%. Em um ano, a população desocupada aumentou de 6,45 milhões para 9,09 milhões de pessoas, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad).

A Organização Internacional do Trabalho (OIT) afirma que a taxa de desemprego vai continuar a aumentar no Brasil. O país ainda será responsável por um a cada três novos desempregados em 2016 no mundo.

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